De vez tez cromo que espeta

Costas dorsos sangrentos sabor do medo
Quando caminhamos
E no passar de passos todas as pedras vão se atirando caindo,
Esquecido olhar dos ombros
Cemitérios macabros
Lápides sanfona do macio que enverga veias que se acabam

Cruzamento de estradas com rugas
Com cruzes mortas.
Foi-se o caminho da fé
Tal qual fala pedinte do mundo agudo sofrido amiúdo

Anêmonas e tudo o mais
Lagartos planetas de couro verde
Pele da vaidade
Barba do mal que pensa respira saberes dos mais profundos
Afundados no naufrágio de si.

Um olhar vindo das labaredas da glória,
Sofá em chamas cútis em brasa sarcástica

Esqueceram o rosto da véspera
Pombos morrediços

Susto do rosto fúnebre à porta em lenha,
Rabiscos faíscas à bota que caminhava

Oh! Dionísio frio feito de dança com solidão
Dá-nos céus para beber
Dá-nos tempos para gozar o amor
Inexplicáveis ciúmes humanos profetas amassados.

Reza-nos nosso amém
Lá que lá vamos
Aqui que cá estamos

Oh! Velha! Último pingo de fonte a secar-se
Torna-nos proteção do frio
Nós os esquecidos da noite

Escapolem
Todos os anjos de asas negras das jaulas humanas

A natureza grita quando a Terra diz:
Vamos dançar rosicleres que duram universo.

A tarde comenta com a noite sobre o vermelho que não é cor

Face quente da mão que envolve
Livra-nos da alma que pertencemos

Lá vamos,
Movidos ao descuido
Uma estrela quase caiu
Aos sem vistas
Recomendamos os afogados da última tempestade de verão.

Submited by

Monday, November 5, 2012 - 15:01

Poesia :

No votes yet

Alcantra

Alcantra's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 9 years 21 weeks ago
Joined: 04/14/2009
Posts:
Points: 1563

Add comment

Login to post comments

other contents of Alcantra

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Críticas/Books Quando Nietzsche chorou - Irvin D. Yalom 0 1.752 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Críticas/Movies O LIBERTINO 0 1.356 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Críticas/Books ULISSES de JAMES JOYCE 0 1.367 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Prosas/Drama Idas da Volta que ainda não sou 0 1.578 11/19/2010 - 00:05 Portuguese
Prosas/Others Apenas num jornal 0 886 11/19/2010 - 00:03 Portuguese
Prosas/Drama Saliva ácida 0 1.583 11/18/2010 - 23:56 Portuguese
Poesia/Meditation A hipocrisia do verme 0 1.516 11/17/2010 - 23:53 Portuguese
Poesia/Love Simplesmente Ela 4 647 09/11/2010 - 01:47 Portuguese
Poesia/General Emulação da candura 2 613 09/09/2010 - 17:20 Portuguese
Poesia/General Falésias debruçadas 4 792 08/28/2010 - 16:31 Portuguese
Poesia/Aphorism Rubra Janela da tarde 2 720 07/30/2010 - 18:42 Portuguese
Poesia/Intervention Ziguezagueia destino ziguezagueante 3 448 07/18/2010 - 14:12 Portuguese
Poesia/General Os trilhos estão indo... 3 573 07/05/2010 - 04:27 Portuguese
Poesia/General Laços da língua 1 609 06/18/2010 - 02:22 Portuguese
Poesia/Aphorism Arma que se arma 1 679 06/02/2010 - 17:06 Portuguese
Poesia/General Último dia Último 7 636 05/26/2010 - 19:35 Portuguese
Poesia/General A poesia está morta 2 517 05/15/2010 - 04:21 Portuguese
Poesia/General A privada do gigante 1 797 05/09/2010 - 22:32 Portuguese
Prosas/Others A criação do Demônio Interior 1 1.073 04/26/2010 - 19:19 Portuguese
Poesia/General Triste aperto de mãos 5 666 04/22/2010 - 23:29 Portuguese
Poesia/Intervention Entretanto, vicissitudes... 4 703 04/19/2010 - 16:18 Portuguese
Poesia/General Selo de poesia 5 834 04/12/2010 - 16:16 Portuguese
Poesia/Intervention Ferro quente 5 732 04/10/2010 - 18:33 Portuguese
Poesia/Love Cativo 4 929 04/06/2010 - 00:36 Portuguese
Poesia/General Colar boca a boca - Soltar boca da boca 3 604 03/31/2010 - 19:55 Portuguese