'ENSAIO' DE ANÁFORA PLEONÁSTICA


 
Jovens embriagados, dá dó! Ainda bem que o assunto não é com você. Você pode até dizer que eu já falei sobre este tema. Tema, então! Porque o assunto é sério; e sérios e mais severos deveriam ser os pais atuais.
 
É verdade. O assunto é o mesmo porque o problema continua o mesmo. Sextas-feiras e sábados de madrugada eu vejo, com olhos tristes, jovens, meninos e meninas, naquela fase de encontro de personalidade, perambulando pelas ruas, embriagados, com latinhas de cerveja nas mãos, retornando para casa, das baladas.

Embalados pelo álcool, desconexos travam a língua em uma linguagem monossilábica e surreal que só eles entendem. Entendem apenas que querem ser felizes.  Felizes da maneira, talvez a única, que conhecem.

Conhecem a lei que proíbe os jovens de comparar bebidas alcoólicas, mas alguém, um adulto ou mesmo os pais fazem isso por eles. Eles, os jovens pagam o preço por isso. Por isso, é que estamos pasmos. Pasmos por saber que de todas a leis ignoradas no Brasil, a que proíbe a venda de bebidas a menores é a mais descumprida com mais naturalidade.

Naturalidade não há nas drogas e o álcool é droga. Droga é legal para os jovens, encantadora, sensacional, socializante, divertida, barata e acessível. Acessível a todos, mas poucos jovens querem dar crédito é a pesquisa feita em 5 capitais mostrando que adolescentes que tentam comprar bebidas alcoólicas têm sucesso em, pelo menos, 70% das vezes.

Os jovens bebem pelas mesmas razões que os adultos. Qual a diferença?A diferença é que enquanto os adultos responsáveis podem controlar o seu consumo, por experiência e porque a maturidade aumenta a capacidade de autoconhecimento e autocontrole, os jovens não conseguem avaliar corretamente os perigos e podem se prejudicar seriamente.

Mas porque, os adultos vividos, experientes e preocupados não conseguem controlar seus filhos? Talvez porque eles acreditam que dizer o que deve ser feito, ou dizer o que é certo equivale a educar. Educar é ser exemplo e não mostrar o correto de forma distante. Não conseguem porque, talvez, também se embriagam.

Porque, talvez, estejam vazios. Não devemos nunca estar vazios. Não podemos estar inertes. A vida é atividade plena. Nosso estômago deve estar preenchido. Nosso tempo deve estar preenchido. Nossa mente deve estar preenchida. Nunca podemos estar vazios de espiritualidade. Se estivermos, os vícios e as tentações do mundo encontram um terreno sombrio e ansioso por ser preenchido. Todo nosso ser deve ser preenchido.

“Kai me methuskesthe oino, em ho estin asotia, alla plerousthe em peneumati”.
“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18)
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Martes, Mayo 31, 2016 - 21:29

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