CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Do avesso
Do avesso
Uma aldeia, (que de roupa ela me vista), o fogo
Leva-me da raiz da minha vista “ao monte” travesso,
Sopra-me a inquietação dessa ideia de xisto negro
E poejo, onde o pensar é cego, o beijo longo, longo
E o meu olhar, um legado alado, logro é engano
Como tudo o que e em que me revisto, sangro
Da roupa que'en minh'aldeia é ser gente, o dote
È o sossego de sonhar acordando e vendo o ontem,
Com olhos “à maneira que os ponho” alavancados,
Elevam-me da raiz à minha origem de congro,
À minha infância de recato e regato, o ombro tolerante
Nas fontes, em frente do mato bravo o verde manso,
Da ponte fluvial à velha guarita, do alto monte, do corgo
Ao calvo escombro ardido, mais que poema ou esforço
È o meu grito rouco, a dor de ter perdido meu rosto,
A aldeia, o burel de que me vestia completo desd’o berço,
Parido descaço, colado à via que havia, escura sinistra,
Menor o grau da escada que a cansada estrada, desafio-a
Já que César nunca serei, eu fui das minhas sensações
O próprio veneno, campos rústicos de trigo, o umbigo
Do que havia plantado há apenas alguns dias, humilde
O milho sem proprietário dono, erva daninha è trigo
Triste e a minha aldeia não existe senão na ideia que dela
Um dia tive, ao virar meu coração de cima abaixo
E do avesso … cantando encantado.
Joel Matos ( Setembro 2022)
http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 820 leituras
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Lembranças | Versus de Montanya Mayor | 0 | 1.953 | 01/09/2011 - 21:20 | Português | |
Prosas/Lembranças | Nunca Mais | 0 | 1.206 | 01/09/2011 - 21:22 | Português | |
Prosas/Mistério | O Chico Das Saias | 0 | 1.713 | 01/09/2011 - 21:26 | Português | |
Poesia/Geral | desencantos | 0 | 1.122 | 01/12/2011 - 16:30 | Português | |
Poesia/Geral | comun | 0 | 1.669 | 01/12/2011 - 16:34 | Português | |
Poesia/Geral | estranho | 0 | 1.621 | 01/12/2011 - 16:36 | Português | |
Poesia/Geral | Dispenso-a | 0 | 1.038 | 01/12/2011 - 16:38 | Português | |
Poesia/Geral | o céu da boca | 0 | 1.029 | 01/12/2011 - 16:50 | Português | |
Prosas/Lembranças | sete dias de bicicleta pelo caminho de Santiago francês | 0 | 3.039 | 01/13/2011 - 00:58 | Português | |
Poesia/Geral | O fim dos tempos | 0 | 1.525 | 01/13/2011 - 11:52 | Português | |
Prosas/Saudade | O-Homem-que-desenhava-sombrinhas-nas-estrelas | 0 | 1.739 | 01/13/2011 - 11:57 | Português | |
Poesia/Geral | Oração a um Deus Anão | 0 | 2.653 | 01/13/2011 - 11:58 | Português | |
Poesia/Fantasia | Roxxanne | 0 | 2.038 | 01/13/2011 - 12:00 | Português | |
Prosas/Contos | Núri'as Ring | 0 | 1.669 | 01/13/2011 - 12:01 | Português | |
Prosas/Lembranças | Cruz D'espinhos | 0 | 2.885 | 01/13/2011 - 12:02 | Português | |
Poesia/Geral | Não mudo | 0 | 1.436 | 01/13/2011 - 13:53 | Português | |
Prosas/Outros | Mad'in China | 0 | 1.640 | 11/07/2013 - 16:31 | Português | |
Poesia/Geral | Gosto de coisas, poucas | 0 | 1.440 | 01/28/2011 - 18:02 | Português | |
Poesia/Geral | A raiz do nada | 0 | 975 | 02/03/2011 - 21:23 | Português | |
Prosas/Outros | GR 11 (14 dias) correndo de Irun a Cap de Creus | 0 | 1.459 | 11/07/2013 - 16:37 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | gosto | 0 | 1.920 | 03/02/2011 - 16:29 | Português | |
Poesia/Geral | ciclo encerrado | 0 | 1.644 | 03/11/2011 - 23:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Cada passo que dou | 0 | 402 | 11/24/2023 - 10:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Quem sou … | 0 | 362 | 11/24/2023 - 10:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Ricardo Reis | 0 | 96 | 11/24/2023 - 10:24 | Português |
Add comment