CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
O Nada, O Absurdo e a Minha Ignorância
Alguém me disse que é nada
sem saber o que nada é realmente.
...Não acreditei.
Porque se ser-se nada fosse possível,
nada seria eu certamente.
...Ahh como queria eu ser nada,
porque sou nada sem o ser.
Tudo, pelo menos tudo o que julgo ver,
encerra em si o pecado original do absurdo.
Não são só as palavras, ou os actos,
É a essência do próprio homem.
Da verdade, da pura verdade...
esperava-se que fosse definitiva e absoluta,
mas que tem de definitiva e absoluta a verdade conhecida,
quando esta se faz a si mesma
de tornar inverdadeira
outra verdade?
Que maior absurdo podemos encontrar
senão a aspiração do homem à unidade
face ao intransponível dualismo do espírito
e da natureza?
E que dizer deste impulso...
...Desta vontade de eternidade,
e a irremediável finitude da existência?
...Da preocupação constante enfim,
e a inutilidade de todo este esforço sem nexo?
E por isto tudo, eu queria ser nada
...ou então tudo.
Sou consciência atormentada
que afronta o mundo,
...Enquanto animal puro
sou parte do mundo, sou o mundo
...como a árvore, a flor
e as andorinhas...
Mas como homem,
sou consciência que se opõe.
...Busco uma ordem menor
numa ordeira desordem maior
que é este mundo em mim.
Com isto tudo,
como dizer-se que se é nada?
Haverá nada verdadeiramente?
Não sei...
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1179 leituras
Add comment
other contents of miguelmancellos
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Aforismo | A vida flui… O momento, eterniza-o a memória | 0 | 689 | 11/18/2010 - 16:32 | Português | |
Poesia/Geral | O que sei eu? | 0 | 590 | 11/18/2010 - 16:32 | Português | |
Poesia/Geral | Tu que passas | 0 | 524 | 11/18/2010 - 16:31 | Português | |
Poesia/Geral | Saudades de um Universo primordial - Finalidade de mim? | 1 | 446 | 08/16/2010 - 09:02 | Português | |
Poesia/Geral | Voarei | 1 | 508 | 08/15/2010 - 18:20 | Português | |
Poesia/Geral | Noite e Dia | 1 | 402 | 08/13/2010 - 22:38 | Português | |
Poesia/Geral | Ilusões | 2 | 385 | 08/13/2010 - 00:53 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Somos... | 1 | 501 | 08/11/2010 - 07:21 | Português | |
Poesia/Aforismo | Á janela do tempo | 0 | 436 | 08/10/2010 - 23:13 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Um bocado de sabedoria | 1 | 332 | 08/10/2010 - 01:58 | Português | |
Poesia/Geral | A dois... | 1 | 440 | 08/10/2010 - 01:56 | Português | |
Poesia/Geral | Porquê? | 1 | 266 | 08/08/2010 - 18:48 | Português | |
Poesia/Aforismo | Memória | 1 | 472 | 08/07/2010 - 18:43 | Português | |
Poesia/Geral | Esta noite | 1 | 447 | 08/07/2010 - 18:42 | Português | |
Poesia/Geral | Porque escrevo eu? | 1 | 334 | 08/05/2010 - 00:12 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Há magia no ar. | 1 | 423 | 08/05/2010 - 00:11 | Português | |
Poesia/Meditação | A obra de arte | 1 | 388 | 08/04/2010 - 23:29 | Português | |
Poesia/Meditação | Não te deixes impor, nem imponhas - Antes cria e deixa criar! | 2 | 639 | 08/04/2010 - 01:44 | Português | |
Poesia/Geral | Sobre tudo e sobre nada. | 1 | 446 | 08/03/2010 - 23:52 | Português | |
Poesia/Alegria | Hoje de manhã. | 1 | 435 | 08/02/2010 - 03:27 | Português | |
Poesia/Paixão | Onde andarás tu? | 1 | 359 | 08/02/2010 - 01:45 | Português | |
Poesia/Geral | Como dizer... | 1 | 476 | 08/02/2010 - 01:42 | Português | |
Poesia/Geral | E se fosse eu, afinal, Deus? | 1 | 384 | 07/30/2010 - 01:48 | Português |
- « início
- ‹ anterior
- 1
- 2
- 3
Comentários
poema
Adorei esta grande reflexão filosofica que realmente nos faz pensar num registo nada pesado e ligeiro.
Parabens pelo poema e continua asssim, abraços Angelofdeath :).
O Nada, O Absurdo e a Minha Ignorância
Penso que somos nada em relação a Deus e sua criação!
Mas com referência a nossa vida, devemos viver o aqui e agora, e deixarmos para pensar
em um futuro distante, quando a hora chegar...
Meus parabéns, pelo seu texto,
Marne