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Vistam-me as Palavras

Escrever não é uma pertença
Escrever é estar escrito
atrás das barras em constante sentença.
È invocar uma quinta emenda
Num país que não a tem.
È ser-se extraditado
de um universo complicado.
Não para uma terra de origem
Mas para uma estontetante e longiqua vertigem.
Morre-se vezes sem conta
Nos julgados seguros lugares
Onde quem escreve vai sem segurança, escolta, defesa.
É perigoso morar aqui, nesta habitação social,
entre estas linhas onde se mistura todo o tipo de gente.
Mas escrever é isso mesmo.
É ser todo o tipo de gente.
Caso assim não fosse, não haveria vocabulario
Eu sou o assasino
O escriturario
Sou a minha vida ao contrário.
Sou tudo que repelo
Quero escrever para sempre
Até "que se me " solte o tendão.
Nunca me senti tão igual ao igual do que quando escrevo.
Eu sou o ardina na memoria de quem o pode ter.
Eu trespasso o tempo, a quinta dimensão, em dois segundos.
Vocês leitores do futuro, ler-me-ão
de tão actualizada forma quanto hoje.
Mas certamente vestidos com roupas de estilistas de outro tempo.
Felizmente, escrever não tem de combinar com nada.
Infelizmente, escrever só tem de combinar comigo.

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quinta-feira, julho 29, 2010 - 17:43

Poesia :

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Outro

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Re: Vistam-me as Palavras

Escrever não é uma pertença
Escrever é estar escrito
atrás das barras em constante sentença.

Sem trus nem mus!!!

Vistam-nos então!!!

Aplausos!!!

:-)

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