CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Operação (im)possível: dissecação da alma
Hoje peço emprestado algum do saber de um cirurgião…
Preciso dissecar a alma e não sei como fazê-lo. Se me inclinasse para o coração, talvez fosse mais fácil. É um órgão vital mas, a meu ver, aloja sentimentos mais compreensíveis. Agora a alma!?
Primeiro havia que a corporizar; depois depositá-la em algo inexpugnável para não voar (é essa a sua natural condição de ser imaterial – estar e não estar, vagabunda, pérfida, poderosa…); a seguir, com pinças inventadas, tal como se executasse um número de mimo, separar os sentires: os que decididamente são inexplicáveis, remetê-los para o sofá de um sábio analista; os que a mente consegue minimamente explicar ou fazer emergir pistas para que o eu, por inteiro, lhes dê alguma consistência, ficariam expostos numa vitrina transparente, forrada a seda vermelha. Rejeito o veludo, não fosse a textura deteriorar o que não vejo, mas sinto.
Em pura contemplação para compreender os movimentos agitados e a direção que tomam, se é que há alguma regra pré-definida, repararia as partículas virulentas (ah, antes teria que ter outras para fazer transplantes) e reconstruiria, pelo menos uma parte, de forma a que os sentires positivos ficassem em maioria!
Pronto, terminei a operação: voltei a colocar a alma no meu ser, transportada nas palavras que acabo de escrever…
Odete Ferreira 01-12-11
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2489 leituras
Add comment
other contents of Odete Ferreira
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Tristeza | Pobreza | 2 | 822 | 11/06/2012 - 23:02 | Português | |
Fotos/Natureza | Surreal I | 2 | 1.612 | 11/20/2012 - 00:09 | Português | |
Fotos/Outros | Surreal II | 2 | 1.354 | 11/19/2012 - 23:46 | Português | |
Poesia/Meditação | Eis-te aí, TEMPO, num ano novo | 2 | 1.497 | 01/06/2013 - 03:37 | Português | |
Poesia/Tristeza | Ouve-me, amiga... | 2 | 796 | 02/26/2013 - 23:38 | Português | |
Poesia/Meditação | Maldito tempo que minha alma arrefece | 2 | 1.572 | 03/21/2013 - 01:12 | Português | |
Poesia/Alegria | A primavera é natureza de poesia | 2 | 1.226 | 03/25/2013 - 23:02 | Português | |
Prosas/Outros | Renascer na poética do ser | 2 | 1.829 | 12/21/2013 - 00:18 | Português | |
Poesia/Intervenção | E da boca caem palavras azedas | 2 | 1.229 | 06/18/2014 - 19:46 | Português | |
Poesia/Intervenção | Ventos de Maio | 2 | 592 | 06/07/2014 - 19:11 | Português | |
Poesia/Meditação | Todo o espaço é um não tempo | 2 | 991 | 05/26/2014 - 23:27 | Português | |
Prosas/Outros | Crónica de um hoje | 2 | 2.350 | 06/07/2014 - 19:15 | Português | |
Poesia/Geral | Basta um olhar desperto | 2 | 1.206 | 07/28/2014 - 00:11 | Português | |
Poesia/Amor | O que o abraço não disse | 2 | 1.045 | 09/09/2014 - 14:59 | Português | |
Poesia/Intervenção | E a festa veste-se em cada madrugada | 3 | 2.939 | 02/27/2018 - 11:43 | Português | |
Ministério da Poesia/Fantasia | Seres incompletos | 3 | 5.749 | 03/15/2018 - 13:56 | Português | |
Poesia/Fantasia | Corpo e alma | 3 | 1.513 | 01/19/2011 - 20:32 | Português | |
Poesia/Tristeza | O que hoje me toca... | 3 | 1.285 | 01/27/2011 - 22:54 | Português | |
Poesia/Geral | Para lá das nuvens | 3 | 2.487 | 10/24/2011 - 13:53 | Português | |
Fotos/Eventos | Lançamento do livro Poesias Fotográficas de Carlos Alvarenga | 3 | 1.317 | 12/15/2011 - 01:52 | Português | |
Poesia/Dedicado | Mulher-Dor | 3 | 3.167 | 03/08/2018 - 16:14 | Português | |
Poesia/Tristeza | A algia da nostalgia | 4 | 4.113 | 06/07/2012 - 23:02 | Português | |
Poesia/Alegria | "Em Suspenso" | 4 | 1.290 | 05/24/2012 - 15:32 | Português | |
Poesia/Fantasia | Repouso | 4 | 840 | 02/13/2011 - 20:13 | Português | |
Poesia/Meditação | Solitária em companhia | 4 | 1.008 | 03/13/2011 - 03:10 | Português |
Comentários
Ai, se tudo fosse assim tão
Ai, se tudo fosse assim tão simples...mas também, a vida não teria tanto tempero, seria demasiado previsível.
P/Nostalgia (Operação...)
Por isso é que dei este título a este mero exercício de escrita!
Há momentos em que queríamos a alma mais serena!
Por isso se escreve, na maior parte das vezes!
Bjo :)