Quem é você?

- Quem é você?                      

- Um questionamento eterno...
Mas por que é que pergunta?

- Porque o Inverno do meu ser sente
o fogo que lhe é fato!

- Mas o que quer é quem sou ou o que eu represento?

- Não separo o ser que é ou o ser que representa.
Sinto sim a atração por seu todo, seu inteiro!

- Mas se é fogo que lhe trago há o risco de queimar!

- É o que estou querendo:
Queimar corpo (tez e alma).

- - É... Às vezes é o fogo que de fato
O fato acalma...

- E seu cheiro, percebi, que me tira o centro,
O tudo!

- Quando você fala assim, perco a fala! Eu me inundo...

- É nesse inundar que anseio
Embeber meu ser inteiro...

- Adoraria, confesso, ser seu rio transbordante!

- Sinto toda uma energia que lhe sai da pele insana...

- Tenho cá em mim, entenda, a vontade de você que até me faz tremer!

- Então sente o meu toque;
Sente o tanto que lhe quero!

- Sente, então, você também, o corpo que lhe deseja!

- Sinto que o seu decote já se abre para mim;
Sinto que minha ternura lhe alcança: é meu afago...

- Toma o corpo que lhe oferto
e recebe o que lhe trago!

- Eis que dispo, com cuidado, essa pele tão alvinha!

- Desejo tanto você, que minha alma já lhe adivinha!

- Meu abraço, agora, aperta o meu peito acelerado
De encontro a esses seios eriçados e carnudos!

- O arrepio que sinto dentro, se prolonga até seu corpo...

- Meu menino lá de baixo se perfila pra você!

- E a menina o procura, com vontade de viver...

- Minhas mãos percorrem curvas, coxas, e esbarram nela
Que deseja ardentemente ser casulo pro menino...

-Tímida, contrai-se, mas se aproxima o seu destino.

- Para aliviar a bela, minha boca lhe percorre,
Nesse linguajar supremo que mistura inconseqüente a saliva e o fluido dela...

- Na delicia do momento
tal e qual um rio cedendo, deságua na cachoeira...

- E percebo que relaxa, abre as pernas, se prepara, para receber o toque
Que minha língua em perícia faz-lhe ver o paraíso...

- Mas se antes lhe entrevejo, dominada por desejo... Os meus beijos eu desvio
E o tomo por inteiro, pouco a pouco, na saliva...

- Os seus beijos me saciam; eu esqueço o tempo, o agora...
E lá fora a chuva perde pra torrente de nós dois.

- Já não há tempo, nem hora, e esses olhos que me olham me fazem aproveitar o momento, um infinito!

- É com toda essa certeza e a virilidade intensa que penetro sem medidas a medida
Da menina e me torno um com você.

- No movimento cadente, do encontro e desencontro, de menina, eis-me mulher!

- Entro e saio, ó querida! Estocando sem denodo, mas não cesso de atacar seus dois seios, eu os uno!

- E unidos se entregam à delicia de lhe ter... Todo e tudo em sintonia...

- Suas nádegas, macias, eu aperto (quero o gozo!).
Entro e saio mais veloz, vejo a dor em sua face misturada ao sorriso, pois, sei, vê a Shangri-lá!

- Eu relaxo, me entrego, ao prazer de lhe sentir...

- Seus mamilos, minha boca, minha boca, seus mamilos...
Me derramo em você, líquido, viscoso e pleno...

- Me derramo em você... Corpo inteiro em desalinho...

- Ah! O gozo é supremo! Mas o meu menino forte
Teima ainda em pulsar, pois amou a sua gruta!

- Em delírio, nos calamos...

- Corpos unidos...

- Risos soltos...

- Isso é felicidade!                 

 

 

Ronaldo Rhusso e Camila Pequena

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Sunday, December 11, 2011 - 00:03

Ministério da Poesia :

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