Às Margens do Rio Paraguai
Em um dos lugares mais bonito da terra
Às margens do Rio Paraguai formoso
Ergue-se a princesinha,
Cáceres, de sonho tão ditoso.
Uma cidade bicentenária
De histórias e lendas sedutoras
Que abriga em seu seio as diferentes famílias
Que dessa sociedade são construtoras.
Casarões antigos retratam o passado
De pessoas que aqui lutaram para essa construção
Contrastam com o moderno
De mentes que fazem a revolução.
O pôr-do-sol no cais
É um espetáculo feito pelo criador
Onde os poetas e pensadores
Registram suas histórias de muito valor.
Ao olhar a destruição que fazem contigo
Os olhos choram a tristeza
De uma sociedade ambiciosa
Que só pensam construir a beleza.
Mas, que pensando costruirem, destroem
As belezas que existem em ti
Modificando, de forma predatória,
Tudo que foi construido aqui.
A Ponte Branca já não existe mais.
Pois, foi destruida sem piedade
Ela que contava grande história da cidade
Hoje, deixa apenas saudade.
Até quando o homem moderno
Que se diz civilizado e progressista
Vai destruir as belezas de ti
Por um ideal narcisista?
Obs: Este poema surge da indignação pela destruição das nossas belezas naturais. É um apelo, um grito de alerta.
Odair José
Poeta e Escritor Cacerense
http://odairpoetacacerense.blogspot.com
http://cinehistoriaojs.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 4138 reads
Add comment
other contents of Odairjsilva
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditation | O homem eterno | 7 | 1.201 | 03/30/2025 - 12:43 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | O rei amaldiçoado e o homem só | 7 | 1.828 | 03/30/2025 - 01:34 | Portuguese | |
Poesia/Love | A chegada | 7 | 1.068 | 03/29/2025 - 00:05 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | O paradoxo da urgência | 7 | 529 | 03/28/2025 - 21:24 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Entre os cacos | 7 | 1.774 | 03/26/2025 - 20:58 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Justiça | 7 | 496 | 03/25/2025 - 22:58 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Simplicidade | 7 | 1.086 | 03/24/2025 - 23:35 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | O paradoxo da existência | 7 | 615 | 03/23/2025 - 18:08 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | A chaga oculta | 7 | 1.407 | 03/21/2025 - 20:51 | Portuguese | |
Poesia/Joy | O que é poesia? | 7 | 1.256 | 03/20/2025 - 23:53 | Portuguese | |
Poesia/Passion | É veneno o teu encanto | 7 | 349 | 03/19/2025 - 21:19 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Últimas palavras de amor | 7 | 1.247 | 03/18/2025 - 22:48 | Portuguese | |
Poesia/Love | Jeitinho de menina | 7 | 997 | 03/17/2025 - 23:41 | Portuguese | |
Poesia/Passion | O dia que decidires me beijar | 7 | 683 | 03/16/2025 - 14:53 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Eleitor brasileiro | 7 | 1.273 | 03/15/2025 - 15:14 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Sofre o velho poeta | 7 | 741 | 03/15/2025 - 15:06 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O que a vida nos ensina | 7 | 411 | 03/11/2025 - 21:59 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Sentado na praça | 7 | 1.104 | 03/10/2025 - 21:21 | Portuguese | |
Poesia/Passion | O olhar dela | 7 | 1.955 | 03/09/2025 - 14:42 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Distúrbio social | 7 | 1.246 | 03/08/2025 - 14:40 | Portuguese | |
Poesia/Passion | Nos fios de fogo | 7 | 1.142 | 03/07/2025 - 23:35 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Amanhã ainda esqueço | 7 | 1.436 | 03/06/2025 - 20:23 | Portuguese | |
Poesia/Passion | Nós temos essa noite | 7 | 3.328 | 03/05/2025 - 13:51 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Se a vida é efêmera | 7 | 877 | 03/04/2025 - 20:58 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Havia coisas que eu deveria ter dito | 7 | 1.615 | 03/04/2025 - 13:44 | Portuguese |
Comments
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Mostra a destruição que a famosa construção do homem, faz com a natureza, tudo vira pura destruição.
Uma linda poesia ecológica e deperservação.
Parabens.
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Fantástico, o que fazes com as palaras...
De facto é lamentável o que se faz ou desfaz na terra que nos acolhe
Gostei do teu carinho
Beijos
Dolores
Re: Às Margens do Rio Paraguai
perfeito, devemos todos nós conservar as nossas belezas naturais, gostei imenso, parabens
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Caceres linda e amada... Que saudades sinto de ti... Estou longe pra poder tratar-me da saude, mas de Caceres jamais esquecerei nao!
Sinto falta tambem do coreto da praca Barao... (Ja nao existe mais...) E as fazendas Facao e outras... Com seus lindos casaroes... Falta a conservacao!
Caceres e Rio Paraguai um amor sem fim! (leia Odair eu que fiz) Estou com saudades da terra onde nasci. Abracos...
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Mas, que pensando costruirem, destroem
As belezas que existem em ti
Um dos meus favoritos ;-)
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Penso que temos que utilizar de todos os meios possíveis para combater a destrução do nosso planeta... a poesia é uma dessas formas.
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Aplausos...
:-) Vamos reivindicar :-?
Re: Às Margens do Rio Paraguai
A poesia pode ser um instrumento privilegiado para denunciar a ação predatória sobre a natureza. Poesia com todo sentido.
Parabéns!
Sandra.