O Primeiro Poema da Madrugada

O Primeiro Poema da Madrugada

Eu atiro minhas retinas
Sob teu andar vago
Procurando entre todas as cortinas
Algo que amenize o estrago
Que um poema faz.
Que a realidade nos traz
Compelindo dias em tramas
Danças em escamas
Fingindo normalidade
Com uma sordidez habitual.
Tal qual nossas vozes
Algozes, um certo ritual
Revisar fonemas
Antagonizar todos os esquemas
Em nome das nossas contradições.
O que nossa distância propõe
É algo simples, coloquial,
Um passeio sem final
Que atrai e nos trai
Dizendo que ainda há
Sempre alguma rua torta
Morta, na espreita a nos esperar!

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Friday, August 28, 2009 - 06:22

Poesia :

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malentacchi

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Re: O Primeiro Poema da Madrugada

Também li este poema, quiçá não fui eu quem o fiz, já meio morta, postada atrás da porta, como uma assombração, declamando tristezas sangrentas, feridas incruentas, com uma folha na mão...

Grande abraço...

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