Anfepramonalmente Descrevo Minhas Tardes

A mão trêmula testa versos sem encanto,
E atesta minha persona com espanto,
Entre a Besta e o Outono vespertino,
Os ossos batem em ritmo libertino,

É assim a relação Poeta e desatino,
Que das mônadas refaz o triste hino,
Para a condição egoísta e angustiante, de,
Ter o coração vazado instante após instante,

Pulsando feito o vento uivante,
Nas veias da garganta conflitante,
O corpo inquieto produz caoticamente energia,
Na sinestesia que oscila do limbo que emergia,

Em mim, numa época não muito distante.
Quando palavras eram lâminas, e não obstante,
Faziam assim sua oposição conspícua,
Tracejando cortes na carne Oblíqua.

Mais uma vez a sina das minhas carnes doloridas,
E eu corro dela tomando duas pílulas coloridas.
Dia após dia.

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Tuesday, September 8, 2009 - 06:02

Poesia :

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malentacchi

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Re: Anfepramonalmente Descrevo Minhas Tardes

excelente

:-)

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