Semente sou, semente serei

Destaco:
Este texto apenas poderá ser entendido por aqueles que souberam escutar o que nunca disse.

Olá JLL,

Mais um bom poema como já é hábito. Escutar os sons que nos chegam nem sempre é fácil. O ruído muito acentuado deixa a nu outros ruídos que se vão enraizando e nos desnorteando.

Perpetuam-se os movimentos que damos as olhos elevando o nível de consciência. Será ela a co-relação com o Universo.
Labutando a vida que se encolhe a cada pegada que damos, vemos crescer os sonhos dourados que tocam a raiz do pensamento, elevando-o ao céu, e nele, encontraremos as mãos que o criaram.

Há na atmosfera uma densidade que representa um caminho que nunca trilhámos, mas que a alma bem conhece. Basta que a verdadeira vida floresça após a morte e aí tudo o que és, será um volte-face enraizando pedaços soltos de uma terra molhada, pelas gotas que ficaram suspensas enquanto dormias.

Deixo-te um beijo e agradecendo a partilha do teu poema te desejo um resto de dia bom

Matilde D'Ônix

Brilhante participação!
destaco:
"Os campos, trabalhados,
Erguem espigas ao céu
Vestem-se de algodão doce.
Mas os sonhos…, estão hirtos,
E as mãos cristalizaram."
Q imagens tortuosamente belas!
Beijinho em si!
Inês

Do alpendre,
Penduro a alma na figueira,
Está presa pelas memórias
Em árvore do diabo.

Um inferno autêntico que só o poeta entende!!!

:-)