Pressinto-te...

Do pouco faço a imensidade do que invento
Quando a tua sombra me toca no deserto da estrada
Exortando carícias em carroceis que me entontecem
Como se déssemos as mãos na invisibilidade do vento.

Do tanto e tão pouco te imagino, meu amor
Que o sorriso se agiganta na ébria procura
Em que resumo a tua presença a um simples clamor
Cerrado a cadeado no fundo da garganta.

Do pouco faço o nada que nos identifica
Nessa ténue luz em que nossos corpos se amam
Que chego acreditar que o nosso amor se explica
Apenas nas lágrimas que a saudade vai arrancando.

(VÓNY FERREIRA)

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Saturday, May 15, 2010 - 19:43

Poesia :

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admin

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Title: Administrador
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Comments

Lopez's picture

Re: Pressinto-te...

Suas imagens entontecem! Que coisa mais linda e sentida. Beijo

Anonymous's picture

Re: Pressinto-te...

Muito obrigada a todos
quantos comentaram este poema.
Bem hajam!
Vóny Ferreira

Librisscriptaest's picture

Re: Pressinto-te...

Vony, não me atrevo a citar parte alguma, pq seria quase criminoso... Está lindissimo, clama por leituras sucessivas, deixou-me completamente rendida!
este, levo-o comigo, para reler!
Beijinho grande em ti!
Inês

analyra's picture

Re: Pressinto-te...

Amores transcendentes, poéticos e vicejantes
amores indecentes, estéticos e viajantes
amores amados como nunca dantes
amores navegados por universos distantes...

CLAP, CLAP, CLAP...
Inspirador poema de amor!!!!

LilaMarques's picture

Re: Pressinto-te...

Vóny, minha querida amiga,

Que poema belíssimo!
Que amor iluminado este eu poético é capaz de cantar!
É lindo ler-te, Vóny. Enleva a alma, rega o espírito e alegra o corpo.

Um beijo transoceânico. :-)

Gisa's picture

Re: Pressinto-te...

Lindo ao todo! Forte, marcante. Abraços

Nanda's picture

Re: Pressinto-te...

Voninha,
Uma exortação de amor e cumplicidades tecida com a textura fina da tua verve.
Beijinhos
Nanda

Susan's picture

Re: Pressinto-te...

Que forte pressentimento desse amor capaz de ser brisa , nó na garganta , lágrimas e saudade...
A saudade abre as portas da ausência , a ausência abre as portas da presença seja cara a cara , seja nas sensações , seja no poema.
Muito Bom !!!
Adorei
Beijos
Susan

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