A crença

Ponto de partida na contrapartida da veraz mão que nos toca
A existência da vida de cotovelos e braços de força.
Somos o que não somos, por isso queremos o que pensamos
Que não podemos e conseguimos o que não alcançamos.
Crer é ver sem ver, ouvir sem ouvir, acreditar com total crença,
Por isso nossa cama de deleite é a existência divina.

Se algo pode tirar dor e conduzir-nos por desconhecidos penhascos de vidas,
O antidivino arranha no peito da alegria até abrir gangrenas de tristezas
Edificadas no alicerce da temida demonologia.

Dicotômica crença enraizada na terra fértil de nossas mentes.

Quais livros ou manuscritos enfrentaram riachos de anos?
Em quais águas estão as coragens de quem quer libertar-se?
Por que acreditar e por que não acreditar?
Soltem as amarras ou se não arrebentarei com tudo
Para golpear o domínio invisível de fantasmas praxes.

“Saber” é crer, crer é saber o que é mais fácil “sentir”
No exânime andar de causas livres concedidas pelo mérito de quem vive.

Duvido de mim e de todos
Porque sei e todos sabem...
Mas realmente sabemos o que todos sabem?
Sabemos, logo vivemos?
Então não estamos vivos, estamos atordoados pela embriaguez impura desta sabedoria
Que diz-se relacionar-se com a existência da humanidade
Que mais do que nunca ainda não existe e nunca existiu.

Submited by

Wednesday, December 16, 2009 - 21:40

Ministério da Poesia :

No votes yet

FranciscoEspurio

FranciscoEspurio's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 13 years 19 weeks ago
Joined: 11/08/2009
Posts:
Points: 450

Add comment

Login to post comments

other contents of FranciscoEspurio

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Ministério da Poesia/Meditation Forte fraqueza 0 425 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/Intervention O outro 0 759 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Ilusão 0 383 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Volátil 0 506 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/Passion Volúpia 0 656 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/Intervention A crença 0 716 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Flerte com o suicídio 0 456 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Niki tis Samothrakis 0 440 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General O Devasso 0 626 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Recôndito 0 602 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General O cintilar das estrelas 0 631 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Efêmero 0 348 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Última visão 0 540 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General A velha arte 0 747 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Uno 0 832 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Brisa do lago 0 586 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Lamúrias de um soldado 0 648 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Bebê de Ferro 0 682 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Kursk 0 689 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General O fim da estrada 0 569 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General O Intrépido Alvaresiano 0 402 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/Love Ana 0 622 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Censura 0 546 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Breve canoa 0 610 11/19/2010 - 18:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General Croqui 0 778 11/19/2010 - 18:09 Portuguese