“Sopro de tempo”

Eu não te acompanho mais

Gosto de pedra fria, falsos amores

Sem saber-te um dia, por saber onde vais

Sem beijos, só adeus e flores

 

Levantem-se altas montanhas 

Vastos mares

Rios de campos, 

Esperas e desdenhas

Levantem-se silêncios, novos olhares

 

Acordam vencidas madrugadas

Batalham no peito dores tamanhas

Trocam vozes em notas dotadas

Acordam e ardem, queimam saudade

 

Em tanto olhar derradeiro 

Dias de tanto derramado

Desabo de peito, tinteiro

Tinta de suor e saudade 

Trovas antigas de pó lavadas

Sopro de tempo, vozes fechadas.

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Friday, December 17, 2010 - 03:39

Poesia :

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antonioduarte

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