Que ser é o meu ser?

Que ser é o meu ser?

Não é a primeira vez
que tento perceber
se sou triste por natureza
ou um modo de ser…
Insatisfeita. Talvez!

Quando o riso me sai fácil,
e o sorriso me rasga a face,
que modo de ser sou então?
Linha ténue
entre a normalidade
e a anormalidade…
Querer perceber,
será intenção
de uma mente agastada?

Acordar leve
sorrindo ao dia
ainda que com o seu humor
contrário ao meu,
seria desejo
que bem gostaria
ser inerente ao meu Eu…

Invejo pessoas alegres
que provocam gargalhadas
arrancadas
de um lugar que desconheço
mas ao qual sei que pertenço.
Contar piadas com graça,
sei não ter jeito.
Ser uma boa companhia
depende da senhora nostalgia,
se ela já se enfiou
na sua própria amargura.
Então sim, solta-se a alegria
e a empática comunicação.

O verbo sai sem falácia
e as palavras são reino
de palácio sem muralha.
E rio em turbilhão
em mente fervilhada
e mar de imensidão
de cultura mesclada
e gente sem raça
que fome do saber abraça
e criança inocente
em belo futuro crente.
E…

Momentos apaixonados
de prazer ilimitados
orgasmos mentais
seres diferenciados
entre comuns mortais…

Palavra, dona e senhora
de momentos especiais…

Que ser é o meu ser, então?

OF 25-08-11
 

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Martes, Septiembre 13, 2011 - 02:14

Poesia :

Su voto: Nada (1 vote)

Odete Ferreira

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Comentarios

Imagen de josé maldonado

Que Ser......

É um turbilhão de vontades  onde se mistura a angústia e o desatino, a vontade de ser, e a vontade de querer; ou a vontade de não querer e a vontade de não ser     

Delicado mas intenso... quase verdadeiro, ..... verdade essa escrita na parte branca entre as palavras que não se dizem....

Imagen de Odete Ferreira

P/josé maldonado (Que ser é o...)

Já Camões escrevia divinalmente sentires contraditórios! O que questiono murcha perante tão grande vulto!

Turbilhão,  termo adequado que usa para este poema. Arrisco, contudo a ir mais longe: tenho um poema que apelidei de heteróninos da vida;

aqui serei heterónimos de  momentos e circunstâncias...

Obg, josé maldonadao

Abraço

Imagen de Nostalgia

Caixinha de pandora, Que nem

Caixinha de pandora,
Que nem nós conhecemos,
Até que chegue a hora
E nos revelemos.

Aí reside a incógnita,
A incerteza,
Expectante, atónita,
Que lhe dá beleza.

 

Gostei muito,

Bjs
 

Imagen de Odete Ferreira

Para Nostalgia

Acredite que este é um poema em que, em poesia, me tento encontrar nos diversos momentos que podem ocorrer quase em simulâneo.

Quase uma angústia...

Mas sei que nunca terei respostas para perguntas retóricas...

Ob, amiga, bjos :)

Imagen de Teresa Almeida

Que ser é o meu ser?

Somos um enigma para nós mesmos.

Assaltam-nos ondas de humor diferenciado.

Somos, no fundo, uma caixinha de surpresas e aí reside o encanto.

Aí, nesse limbo de indefinições, nasce a poesia, assim, surpreendente, bela!

Um xi coração amiga Odete

Imagen de Odete Ferreira

Que ser é o meu ser

Somos, em muitos momentos...

A caixinha de surpresas será talvez mais visível para os outros, digo eu...

Contudo, dou-te razão: a poesia existe porque (nos) questionamos, porque somos emoção ou

outra coisa qualquer.

Obg, amiga, um bjo :)

Imagen de MariaButterfly

Um ser de palavras

Um ser de palavras talvez...

E se não fossem os insatisfeitos

Também no mundo que existia?

E por vezes momentos especiais

Valem mais!

Gostei de ler,a tua mediataçao.

Beijo
 

Imagen de Odete Ferreira

Que ser...

MariaButterfly, obg pela leitura e apreciacão...

 

Um ser de palavras, sei

e nelas me inspeccionei

neste exercício

introspectivo.

A conclusão,

recusei

na meditação,

permanecerei...

Bjo :)

Imagen de SuzeteBrainer

 A palavra aceitou o teu

 A palavra aceitou o teu convite e em teu ser nasceu poema...

Gosto muito de ler-te!!

Bjsmiley

Imagen de Odete Ferreira

Que ser...

Obg, amiga, pela tua paciência e por teres gosto em me "leres", assim como a tua presença assídua...

Sim, a palavra é a nossa ferramenta para trabalharmos a construção da vida em poesia!

Bjo, SuzeteBrainer :)

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