A Verdade da Alma que habita em Mim

 

 

Nas portas fechadas
Quebrei as janelas
Reflexo ainda sem nexo

                                            Que espero aqui

Passada a primeira porta,
Atravessadas mais duas.
Desci a escadaria,
Sem lembrar do caminho     deixado pra trás

 

Escada a
              escada

Estranho era o pátio que me aguardava,

O céu era seu tecto.

 

(Vi- te caído em figuras que nunca vi
Guardados tesouros talhados
Pedras com vida
                           De um passado.
Coração cinzelado
Sem saber, era o meu
No meio das talhas já gastas
No meio das silvas)

 

Como poço que tem água
Tudo ali  me contou
Pela primeira vez,

                                    vi a verdade da Alma que habita em mim.

Nas janelas abertas 
Atravessei como portas
Em escadaria
                          Que desci
Estranho foi o tempo que senti.

                                 

 

 

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Martes, Octubre 18, 2011 - 02:00

Poesia :

Su voto: Nada (2 votos)

MariaButterfly

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Comentarios

Imagen de belarose

Maria Que belo poema uma

Maria

Que belo poema
uma contrução impecável
Fiquei maravilhada
nem precisas entender.

beijos
smiley

Imagen de MariaButterfly

  obrigado,   mas já me

 

obrigado,

 

mas já me tinhas comentado nesta poesia!lol

não faz mal...

 

beijos 

Imagen de belarose

Boa tarde!

MariaButterfly

Uma poesia cheia de mistério e vida...esta linda destaco:

(Vi- te caído em figuras que nunca vi
Guardados tesouros talhados
Pedras com vida
                           De um passado.
Coração cinzelado
Sem saber, era o meu
No meio das talhas já gastas
No meio das silvas)

Beijossmiley

 

Imagen de MariaButterfly

obrigado, pelas tuas

obrigado, pelas tuas palavras,

 

beijo

Imagen de Sara-G

MariaButterfly a sua poesia é

MariaButterfly a sua poesia é complexa sem ser densa, transportando-nos com ela degrau em degrau, ultrapassando cada etapa fazendo com que nos olhemos tambem, a nós proprios.

Parabens pelo momento

Sara

Imagen de MariaButterfly

Ser complexo sem ser

Ser complexo sem ser denso...

(não sei ver...,avaliar a minha poesia)

mas gostei, como descreveste.

E que de certo modo, tenhas reflectido.

 

Obrigado,pelas tuas palavras e presença.

beijo 
 

Imagen de SuzeteBrainer

Querida Amiga

Um mergulho na profundidade da tua alma e passo a passo contactando com essa verdade, que é tua, em teu ser expressada,espelhada,refletida e sentida...

Refletida em mim, a minha emoção ao ler a tua poesia,amiga!

Beijos grandessmiley

Imagen de MariaButterfly

É bom saber que a nossas

É bom saber que a nossas palavras,
Conseguem chegar ao interior de quem as lê

Obrigado,por sempre estares e por seres assim...sempre tu.
Doce...

Beijos grandes

Imagen de rainbowsky

A verdade da alma

Ola menina!

Mais um excelente poema aqui deixaste.

 

Nas portas fechadas
Quebrei as janelas
Reflexo ainda sem nexo

Numa espécie de revolta, num tormento e sufoco. Diversas perspectivas.
- As janelas quebradas como sinal de um grito para libertarem a alma.
- A própria imagem reflectida nos vidros desfeitos, com lágrimas.
- A imagem de outrem permanecendo ainda, sem nexo.
- A imagem de dois seres num reflexo que para fazer sentido terá apenas um, porque dois já não são realidade
.

Que espero aqui

De alguém que não volta mais.
De alguém que tarda em chegar.

Passada a primeira porta,
Atravessadas mais duas.

O percurso, a aprendizagem, o tumulto, a espera, a desilusão. Uma porta, outra porta… porque era normal abrir portas rumo ao futuro.

Desci a escadaria,
Sem lembrar do caminho deixado pra trás

Depois a descida (aos trambolhões), infligidos pela mágoa. Tão forte, que cresce uma névoa povoando os espaços da distância percorrida até então.

Escada a
escada
Estranho era o pátio que me aguardava,
O céu era seu tecto.

Sentimento a sentimento, lágrima a lágrima, estranho era o pátio (coração) como crivo furado, de correntes de ar arrepiantes, com um frio inexplicável. Um vazio tão grande como o espaço entre a terra e o céu.

(Vi- te caído em figuras que nunca vi

Como se um estranho ser que pensavas conhecer, agora diante de ti tivesse mudado como um camaleão, para cores que nunca lhe havias reconhecido.

Guardados tesouros talhados
Pedras com vida
De um passado.

Memórias e sorrisos guardados como pedras preciosas, como pedras no fundo do mar; como corais rodeados de peixes coloridos, numa transparência de alegria, tal os olhos mágicos pingando serenidade.

 

Coração cinzelado
Sem saber, era o meu
No meio das talhas já gastas
No meio das silvas)

Não sabias que era o teu. Talhado há muito tempo com uma certa ternura, não era assim que o imaginavas olhando-o. E essa tristeza ainda aumentada por estar colocado no meio das talhas gastas, perdidas, esquecidas, abandonadas. Recalcada fica assim ainda mais o desgaste do próprio bater do coração com a referência às silvas. A alusão ao abandono a que esse coração foi entregue.

Como poço que tem água
Tudo ali me contou
Pela primeira vez,

E então como o reflexo do rosto na água do poço, assim se mostrou o coração. Numa ondulação inquietante, de um palpitar sufocante (o mesmo que fechou portas e te fez quebrar janelas), e degraus, e passos e mais passos.

vi a verdade da Alma que habita em mim.

A verdade da alma, como uma fractura exposta que só tempo ajudará a curar? Que só o tempo ajudará no mínimo a diminuir.

Nas janelas abertas
Atravessei como portas
Em escadaria
Que desci
Estranho foi o tempo que senti.

E as janelas passaram a ser as portas, com escadaria, como a que encontrarias se fosses directamente pela porta. Diferentes, no entanto. Como diz o ditado: Quando se fecha uma porta, abre-se uma janela.
Desceste, mas obviamente foi estranho o tempo em que sentiste. Há caminhos e espaços que por muito que pareçam iguais, serão sempre diferentes daqueles que queríamos realmente percorrer. Ou desejávamos. Não que fossem os mais certos ou não, mas os que queríamos realmente.

Olho-te nos olhos sem te olhar, e vejo na tua alma de tudo um pouco:
- Seja a mágoa e a dor.
- Seja a saudade e o amor.
- Seja o desejo e a revolta.
- Seja a esperança.
Ou um ponto de luz para a alma.

Sempre atento à tua poesia, mesmo quando não comento, eis que hoje aqui estou: como água num poço para olhares e vislumbrares um doce sorriso: o teu.

 

O que a tua alma tem realmente? SEDE, UMA GRANDE SEDE DE RESPIRAR PELOS POROS DA ALMA O SENTIDO DE SER FELIZ.

Beijinhos

 

rainbowsky

Imagen de MariaButterfly

Obrigado, pelas tuas

Obrigado, pelas tuas palavras

Sabes bem, que gosto de te ter na minha poesia,

Gostei da análise que fizeste,

Especialmente desta frase:

O que a tua alma tem realmente? SEDE, UMA GRANDE SEDE DE RESPIRAR PELOS POROS DA ALMA O SENTIDO DE SER FELIZ.

Obrigado, por estares e por este comentáro que sempre me deixa feliz.

 

 

Beijinho 
 

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