Estranho...Coração

Estranho…os amores da minha vida,
Só foram, quem me magoaram,
Todos eles, sem excepção e medida,
Meu coração…estropiaram.

Como é possível, gostar de alguém,
Que só nos lesa e aleija,
Que de repente, faz nos sentir ninguém,
E que até mesmo, já não nos deseja.

Como se transmuta assim um sentimento?
Que ainda ontem era eterno,
E, hoje já é um tormento,
Um inferno…

Será que o amor, a emoção, o prazer, a paixão,
Tudo não passam, de vagos momentos?
Que passam depressa, quase de mão em mão,
E são tratados como meros elementos.

Estaremos todos simplesmente errados,
Quanto aos nossos maltrapilhos sentires?
Passaremos todos, de simples apaixonados,
Ou de pequenez gente de desamores?

Será certo amar alguém, que não nos corresponde?
Será errado desprezar, quem nos ama intensamente?
E a tudo isto…quem nos responde?
Quem ouvimos? O nosso coração ou a nossa mente?

A quem devemos dar ouvidos?
Que caminhos devemos percorrer com o nosso coração?
Sozinhos, assustados…indecisos, contidos,
Contando simplesmente, com a nossa intuição.

Estranho…foi essa mesma intuição,
Que me trouxe aqui…a estes caminhos,
Que me levou pela mão,
E me deixou, a mim e ao meu coração…sozinhos.