Fingimentos

O que eu queria,

Neste viver de fantasia,

Era que a dor me fosse verdadeira,

Que não doesse apenas desta maneira

Que invento.

Acreditem que eu bem que o tento,

Ora amando quem me é lamento,

Ora fugindo de quem me quer bem...

E é não me dando a ninguém,

Que me aguento.

O que eu queria,

Era que este doer de alegria

Nunca passasse,

Que este sorrir falso me matasse

De vez...

Como não há duas sem três,

Mato mais um sentir.

Hei-de teimar até conseguir

Sofrer de facto!

Hei-de continuar até que, agoniado,

Me vomite o peito...

E aí, satisfeito,

Deixarei o fingimento.

 

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Viernes, Febrero 10, 2012 - 11:57
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Rui Costa

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