A falsa moral
A falsa moral
O ser humano tem por natureza buscar sempre o que lhe é mais vantajoso, seja na escola, trabalho ou em outras tantas situações. Tem por costume valorizar o seu e desvalorizar os outros, vantagem é geralmente a lei imposta, da pessoa mais forte, mais determinada ou considerada mais bonita.
Poderíamos por exemplo falar sobre o carnaval, aonde a oportunidade de desfilar seus corpos nus, muitas vezes com micro tecido ou apenas uma pintura considerada “arte”, deixa muitos homens e mulheres com desejo sexual e esse apelo à flor da pele. Passado tal momento de euforia, bebedeira e depravação, seguem com suas vidas vazias, mas ai daquele que lhe faltar com respeito ou ser ousado, mesmo que seja alguma lembrança de carnaval, a depravação que aconteceu no carnaval, fica no carnal diriam alguns mortais, depois falsa moral e tchau.
E assim caminha a humanidade, assim seus dias passam, tirando proveito de situações, filas, troco, contas, oportunidades sem fim de fazer o errado e depois falar aos quatro cantos: Não! Olha isso não pode, não é certo, colocando para de baixo do tapete os seus erros e impor perante os outros uma imagem incorruptível e celibato, mas vivemos no país da corrupção, no país onde tudo é permitido, depois, hora depois basta negar.
Exemplos e mais exemplos da falta de caráter dos homens, vantagem politica, religiosa, critica, porque não, as pessoas simplesmente mostram sua real natureza, mostram que não resistem à tentação da carne e dos olhos, errado diriam alguns, tem lá seu fundo de verdade diriam outros.
Mas convenhamos, quem não conhece um amigo ou vizinho que se vangloria de alguma situação, de ser mais esperto, superior e que na verdade não passa de mais um na multidão de tantas mascaras em branco, se a grama do vizinho é sempre mais verde, o que dizer da sua moral, o que acontece entre quatro paredes, fica em quatro paredes, os olhos veem aquilo que se acha necessário, a boca fala o que se acha correto para o momento e os ouvidos pagam o preço de tanta asneira do dia a dia.
Embora sempre belo nossos dias, nossas noites tão românticas, que guardam nossos anseios e certezas, não podemos negar que vivemos em um tempo onde se duvida de tudo e não se tem a certeza de nada, nossas pequenas batalhas são travadas no nosso imaginário e nossas vitimas são amigos ou desconhecidos, pois a trás de um rosto, uma mascara, sempre há bem mais que uma história.
Pablo Danielli
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