“Míopes”

     

Dizes: A cabeça é fraca; vejo coisas!
- Fraco o estômago: Não consome a sorte…
Para que veja assim, horas e cinzas desejo
No corpo, desperdiçado, caminhando para a morte

Neste carreiro pisado, angústias silenciosas…
Sim! Doença, esta, ao estreito do corredor
Que caminha, sem corrimão, entre levezas formosas
De suspiros abandonados aos anseios de toda a cor

Já nada se vê, nas ruas da minha calçada;
Só olhares secos, de montra amargurada
Com seus espelhos vaidosos, de Mundo preparado

- São vielas, meu bem, coisas e gentes;
Caminhantes preocupados e descontentes
Que ali, míopes, por tudo que hajam encontrado…

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Jueves, Octubre 4, 2012 - 21:55

Poesia :

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antonioduarte

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