“Terra”

Terra nos olhos, da boca chega-me aos ouvidos;
Terra nos pés, das pernas ao coração…
Só não tenho a ti, ò amada dos meus sentidos;
Tão presos a mim, em correntes de solidão…

Terra! Terra mastigada até ao meu peito,
Como se fosses o horizonte de todas as angustias;
Como se, de mim, em mim sejas carne e jeito,
De todas as horas, das noites e de tantas memórias lúcidas…

Terra que piso… Beijo do veneno que me coma;
Terra que sinto no vento onde respiro
E lamento, lento, filho do tempo e da terra, minha dona…

Para sempre é longe de um sentimento constante,
De ti, ò terra! Onde me faço e retiro,
De mim, o sangue, descrito em letras e memórias de gigante.

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Jueves, Noviembre 7, 2013 - 02:02

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antonioduarte

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