"DISACATU"


 
Logo ali tem um caminho,
bem cedinho, madrugada,
passa o gado de mansinho
seguindo para a invernada.

Tem uma cruz no mirante.
Ninguém sabe como foi,
onde um boiadeiro errante
morreu nos chifres de um boi.

Também tem a capelinha.
Nas noites de luas cheias
ali surge uma menina,
e faz gelar nossas veias.

Cabocla cheia de paixão
que tentou fugir de casa,
e seu pai, sem coração
queimou-a no fogo, na brasa.

Assim é a vida, no mato
cheia de estória do povo.
“Si  num crê é disacatu,
mais contu tudo di novo”.

jthamiel
04.06.16
20:43h

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Domingo, Junio 5, 2016 - 15:46

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J. Thamiel

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