Banalidades

Nos becos das nossas cidades
Só transita quem coragem tem
Por lá se passam às malandragens
E também passa gente de bem,
Se for dia tem facilidades,
Se for noite não tem pra ninguém.

Nas praias das nossas cidades
As suas águas seriam boas demais,
Se não fosse a desumanidade.
Dos nossos lideres que por elas nada fazem
Deixando abandonada e na saudade
Entregue à propia sorte e as suas margens.

O povo das nossas cidades
Esses andam rindo a toa.
Transbordando em felicidades
Como se vivessem uma vida boa,
Esquecem das suas realidades
Seguem para frente como se fosse uma canoa.

Os malandros das nossas cidades,
Esses homens não têm coração
Eles causam muitas crueldades
Quando nos seus gabinetes estão
Tratando causas nobres com banalidades
Esquecendo de estender ao povo as mãos.