O Primeiro Não Poema do Dia

O Primeiro Não Poema do Dia

Tornei-me um livro sem espectros,
Não possuo páginas nem versos,
Somente algumas linhas tortas,
Desdenhadas feito nuvens mortas,

Como quando o vento nos bate a porta,
Carrego lamúrias costuradas nas costas,
Pois sei o quanto não existo nesta sala,
É simples, Sou apenas um cadáver que fala!

De rua em rua eu sigo mal impresso,
Ancorado em lápides de papel indigesto,
Sem data, nem conteúdo digno de se publicar,

Como este não-soneto que agora escrevo,
Feito de rimas cinza e um desejo obsoleto,
Andar por ai não vivendo e ainda respirar!

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Viernes, Agosto 28, 2009 - 06:21

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malentacchi

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Re: O Primeiro Não Poema do Dia

Enviado por Mpiosso-ye-kongo el Vie, 08/28/2009 - 17:08.

adorei o soneto.

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