SONETO ANTAGÔNICO

Há dias que amanheço no escuro
Com ouvidos surdos e olhos cegos
Não vejo luz nas frestas ou postigos
E o ar me envenena mesmo se puro

Há noites em que vejo dias claros
E o pensamento a escuridão clareia
Sou o chão onde a sua mão semeia
Frutos baratos e alguns raros caros

São as lições que me ensinou o tempo
De sonhos perdidos pelo caminho
Que realizá-los eu não fui capaz

Mesmo assim sigo ainda caminhando
Colhendo flor, cravado por espinho
Querendo e sem poder voltar atrás.

Sérgio da Silva Teixeira
BAGÉ/RS/BRASIL.

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Sábado, Diciembre 19, 2020 - 01:24

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Sérgio Teixeira

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Comentarios

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SONETO ANTAGÔNICO

Excelente, poeta, parabéns!

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Obrigado caro amigo poeta

Obrigado caro amigo poeta Thamiel.
Honrado com o teu comentário e aprovação.
Abraço.

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Parabéns, Sérgio. Gosto muito

Parabéns, Sérgio.
Gosto muito de rimas
por semelhança e de rimas
sequenciais, como 'raros caros'.

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