Ecos distantes em nossa cabeça

Algumas vezes acontece
De sermos esquecidos pelo caminho
Quando os germes pronunciam linguagens
Temos que percorrer a nossa odisseia corriqueira
Sabendo que as palavras fervilhantes
Tomam forma quando não as estamos vigiando.

Nunca há frescor nas estações
Toda existência é bem sufocante
E quase sempre perdemos o esconderijo da infância
Não importa a nossa maturidade
Sempre haverá atrasos em nossos olhos
Porque a tristeza se esconde debaixo de nosso nariz.

Talvez no próximo ano nós conseguimos
Cumprir as resoluções de ano novo, ou nunca
Talvez nas próximas férias vejamos o por do sol
E nos livramos do perigo que sempre está com os adultos
Não importa os ecos distantes em nossa cabeça
Alguém que você não pode ver pode estar falando.

Nada nunca é o que parece ser
Você está sendo vigiado e nem percebe isso
Quando virar a próxima esquina e chegar na próxima casa
O olho do Grande Irmão está te acompanhando
Sorrateiramente vigia os seus passos trôpegos
E você não passa de mais um pontinho na tela de vigilância.

Você não me parece estranho
Apesar de não saber a sua procedência sintética
Nunca hei de virar as costas para um desconhecido
Não senhor, nunca colocarei "senhor" no final
O mundo é um lugar estranho de se viver com alguma certeza
Porque o destino de cada um pertence a cada um.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Submited by

Viernes, Mayo 31, 2024 - 13:42

Poesia :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 8 horas 2 mins
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 20452

Comentarios

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Amor A chegada 7 1.208 03/29/2025 - 00:05 Portuguese
Poesia/Intervención O paradoxo da urgência 7 664 03/28/2025 - 21:24 Portuguese
Poesia/Intervención Entre os cacos 7 1.897 03/26/2025 - 20:58 Portuguese
Poesia/Meditación Justiça 7 620 03/25/2025 - 22:58 Portuguese
Poesia/Meditación Simplicidade 7 1.706 03/24/2025 - 23:35 Portuguese
Poesia/Pensamientos O paradoxo da existência 7 788 03/23/2025 - 18:08 Portuguese
Poesia/Intervención A chaga oculta 7 1.563 03/21/2025 - 20:51 Portuguese
Poesia/Alegria O que é poesia? 7 1.415 03/20/2025 - 23:53 Portuguese
Poesia/Pasión É veneno o teu encanto 7 432 03/19/2025 - 21:19 Portuguese
Poesia/Desilusión Últimas palavras de amor 7 1.444 03/18/2025 - 22:48 Portuguese
Poesia/Amor Jeitinho de menina 7 1.117 03/17/2025 - 23:41 Portuguese
Poesia/Pasión O dia que decidires me beijar 7 1.331 03/16/2025 - 14:53 Portuguese
Poesia/Pensamientos Eleitor brasileiro 7 1.710 03/15/2025 - 15:14 Portuguese
Poesia/Meditación Sofre o velho poeta 7 802 03/15/2025 - 15:06 Portuguese
Poesia/Meditación O que a vida nos ensina 7 554 03/11/2025 - 21:59 Portuguese
Poesia/Meditación Sentado na praça 7 1.329 03/10/2025 - 21:21 Portuguese
Poesia/Pasión O olhar dela 7 2.336 03/09/2025 - 14:42 Portuguese
Poesia/Meditación Distúrbio social 7 1.437 03/08/2025 - 14:40 Portuguese
Poesia/Pasión Nos fios de fogo 7 1.300 03/07/2025 - 23:35 Portuguese
Poesia/Desilusión Amanhã ainda esqueço 7 1.605 03/06/2025 - 20:23 Portuguese
Poesia/Pasión Nós temos essa noite 7 7.758 03/05/2025 - 13:51 Portuguese
Poesia/Meditación Se a vida é efêmera 7 967 03/04/2025 - 20:58 Portuguese
Poesia/Desilusión Havia coisas que eu deveria ter dito 7 1.744 03/04/2025 - 13:44 Portuguese
Poesia/Desilusión Quando um coração solitário se quebra 7 1.716 03/03/2025 - 14:18 Portuguese
Poesia/Desilusión Não és mais inspiração 7 1.117 03/02/2025 - 14:40 Portuguese