O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
59
Dia: olha as árvores restantes
em busca do mágico canto
dos pássaros
noite: sabe insone o dia passado
entre concretos e negros asfaltos
onde morrem pássaros e árvores
repete: entre dias e noites sua espera
desperta sentimentos e tristezas
com que não se alimenta e vê
pássaros: lembra o voo altivo do albatroz
em busca da força e vida no que encontra
caça e come entre ondas calmas
árvores: do outro lado da rua
alguém derrubou a árvore restante
e a cortou em pedaços
agora carregados
para longe.
(Pedro Du Bois, O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS,Vol. II)
Submited by
Jueves, Noviembre 19, 2009 - 19:16
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 918 reads
Add comment
Inicie sesión para enviar comentarios
other contents of PedroDuBois
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | FLORES & FRUTOS | 3 | 738 | 03/06/2010 - 18:16 | Portuguese | |
Poesia/General | SOSSEGO | 3 | 753 | 03/06/2010 - 15:08 | Portuguese | |
Poesia/General | VENTO | 2 | 1.484 | 03/06/2010 - 05:38 | Portuguese | |
Poesia/General | A AUSÊNCIA INCONSENTIDA | 1 | 1.135 | 03/05/2010 - 14:19 | Portuguese | |
Poesia/General | PERDIDO | 1 | 1.305 | 03/05/2010 - 13:41 | Portuguese | |
Poesia/General | AMORES | 1 | 1.285 | 03/05/2010 - 13:30 | Portuguese | |
Poesia/General | SOBRE A IMPORTÂNCIA | 1 | 871 | 03/05/2010 - 13:16 | Portuguese | |
Poesia/General | NOME | 1 | 1.014 | 03/05/2010 - 13:02 | Portuguese | |
Poesia/General | REFORMULAÇÃO DO LIVRO | 3 | 1.193 | 03/05/2010 - 12:32 | Portuguese | |
Poesia/General | VIVACIDADE | 1 | 1.645 | 03/05/2010 - 04:42 | Portuguese | |
Poesia/General | SONHAR | 1 | 976 | 03/05/2010 - 04:36 | Portuguese | |
Poesia/General | MÍNIMOS | 1 | 1.129 | 03/05/2010 - 04:27 | Portuguese | |
Poesia/General | A CRIAÇÃO ESTÉTICA | 1 | 1.122 | 03/05/2010 - 04:09 | Portuguese | |
Poesia/General | DESCONHECER | 8 | 757 | 03/05/2010 - 02:10 | Portuguese | |
Poesia/General | RAZÕES | 7 | 688 | 03/03/2010 - 19:46 | Portuguese | |
Poesia/General | A AUSÊNCIA INCONSENTIDA | 3 | 890 | 03/01/2010 - 03:43 | Portuguese | |
Poesia/General | TODO | 2 | 895 | 02/24/2010 - 03:22 | Portuguese | |
Poesia/General | JOGO | 1 | 947 | 02/22/2010 - 21:24 | Portuguese | |
Poesia/General | SOBRE A NOITE | 6 | 1.369 | 02/21/2010 - 18:57 | Portuguese | |
Poesia/General | RESPONDER | 3 | 849 | 02/19/2010 - 01:00 | Portuguese | |
Poesia/General | PASSAGEM | 9 | 877 | 02/18/2010 - 05:20 | Portuguese | |
Poesia/General | COMEÇO | 6 | 793 | 02/17/2010 - 15:40 | Portuguese | |
Poesia/General | METAMORFOSE | 4 | 1.017 | 02/17/2010 - 01:55 | Portuguese | |
Poesia/General | NÍVEL | 2 | 820 | 02/13/2010 - 01:48 | Portuguese | |
Poesia/General | COTIDIANOS | 4 | 1.053 | 02/13/2010 - 01:47 | Portuguese |
Comentarios
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
LINDO POEMA!
VEJO COMO QUE, ALGUÉM DERRUBOU O ÚLTIMO REFÚGIO DOS PÁSSAROS; SOMENTE SENDO ALBATROZ, PARA PODER VOAR, PLANAR VIVER!
MarneDulinski
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Albatroz, Marne, ave de grande envergadura. Solto em ares e águas. Passeiam pela praia. Contemplam barcos em pesca. Nosso gosto. Nosso gesto. Nossa vontade. Talvez. Abraços, Pedro.
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Bonita poesia mergulhada no tempo passado, presente e futuro, o dia e a noite para os que já foram e os que cá estão:
"repete: entre dias e noites sua espera
desperta sentimentos e tristezas
com que não se alimenta e vê"
Um abraço :-)
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Somos assim, não, Manuela? Ares e pássaros. Grato pela sua leitura. Abraços, Pedro.
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Pedro,
Adoro ler teus poemas , pois nos leva a uma analise profunda tanto do texto como de nós mesmos.
Não sei se essa é a tua interpretação, mais se não for me diga estou atenta a aprender.
Eis que de longe minha mente esta penso em você e tudo que esta ao meu redor a acontecer. Aguardo tua chegada olhando as folhas das arvores que aos poucos caem e peço que venhas antes da última. O cenário já não me traz tantas lembranças, o que me desperta no meio deste turbilhão é saber que retornará em breve. Volte logo não sei se aguentarei ver a folha da última arvore cair.
Aguardo tua interpretação.
Abç
Cecilia Iacona
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Cara Cecília: a graça do poema reside na liberdade com que os podemos ler: nossa leitura sempre é correta, independente do que o autor (quando o escreveu, pensou que fosse). Agradeço suas palavras e siga em frente! Abraços, Pedro.