Medíocres Tempos

Não gosto do ódio difuso,
do mal querer confuso.
Tenho critérios para oferecer
o que de melhor pude tecer.

Talvez fosse mais prudente
fingir-me leniente
(ou só bobo contente),
mas não consigo achar certo
fingir que há água no deserto.

Não busco os acepipes
que desagradam os meus apetites.
Não me importa ser amado
pela hiprocrisia d'algum fossilizado.

Antes, anseio pela pajelança
que haverá de parir a deusa Mudança.
E que presto se instaure,
ou que presto se restaure
a nova Ética, a nova Estética
onde o Belo e o Correto
por si serão,
livres do miúdo padrão
que a mediocridade
espalhou por nossa idade.

Submited by

Martes, Diciembre 1, 2009 - 20:49

Poesia :

Sin votos aún

fabiovillela

Imagen de fabiovillela
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 8 años 35 semanas
Integró: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Comentarios

Imagen de MarneDulinski

Re: Medíocres Tempos

LINDO POEMA, GOSTEI!
MarneDulinski

Imagen de FlaviaAssaife

Re: Medíocres Tempos

Fábio,

Gostei demais do tema e da abordagem.

Destaco:

"Antes, anseio pela pajelança
que haverá de parir a deusa Mudança.
E que presto se instaure,
ou que presto se restaure
a nova Ética, a nova Estética
onde o Belo e o Correto
por si serão,
livres do miúdo padrão
que a mediocridade
espalhou por nossa idade."

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Medíocres Tempos

A fragmentação pós-moderna está degenerando o homem.

Muito bom poema.

Um abraço,
REF

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of fabiovillela

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General A Dor 0 3.361 12/11/2015 - 14:27 Portuguese
Poesia/General Quem dera 0 3.932 12/08/2015 - 19:30 Portuguese
Poesia/Amor A Gueixa 0 3.207 11/25/2015 - 14:49 Portuguese
Prosas/Otros Kant e o Idealismo alemão 0 10.757 11/21/2015 - 21:44 Portuguese
Poesia/General Vidas 0 3.130 11/08/2015 - 14:57 Portuguese
Poesia/Amor Tempos 0 1.277 11/07/2015 - 14:21 Portuguese
Poesia/General Nihil 0 2.956 11/05/2015 - 14:43 Portuguese
Poesia/Amor A Moça e o Luar 0 3.256 11/02/2015 - 15:05 Portuguese
Poesia/Tristeza A Atriz 0 3.687 10/24/2015 - 13:37 Portuguese
Prosas/Otros Lula, Dilma, Cunha e a "Banalidade do Mal" 0 7.808 10/22/2015 - 00:32 Portuguese
Poesia/Dedicada Mestres 0 3.111 10/15/2015 - 14:24 Portuguese
Poesia/Dedicada As Cores de Frida 0 2.980 10/12/2015 - 16:24 Portuguese
Poesia/Amor Crepúsculo 0 3.134 10/08/2015 - 15:23 Portuguese
Poesia/Amor A Inquietude 0 3.643 09/20/2015 - 16:44 Portuguese
Poesia/Tristeza A Canção de Budapeste 0 4.267 09/18/2015 - 15:13 Portuguese
Prosas/Otros AS BODAS DE FÍGARO - Óperas, guia para iniciantes. 0 7.378 09/18/2015 - 01:10 Portuguese
Poesia/General Húngara 0 2.793 09/12/2015 - 17:07 Portuguese
Prosas/Otros ORLANDO FURIOSO, Vivaldi - Óperas, guia para iniciantes 0 3.682 09/10/2015 - 21:39 Portuguese
Poesia/Tristeza O Menino Morto 0 2.282 09/03/2015 - 15:23 Portuguese
Prosas/Otros FIDÉLIO, Beethoven - Óperas, guia para iniciantes 0 6.123 09/03/2015 - 14:36 Portuguese
Prosas/Otros DR. FAUSTO, Gounod - Óperas, guia para iniciantes 0 4.360 09/01/2015 - 14:37 Portuguese
Prosas/Otros NORMA, Bellini - Óperas, guia para iniciantes 0 4.121 08/27/2015 - 21:27 Portuguese
Prosas/Otros OTELO, Verdi - Óperas, guia para iniciantes. 0 4.857 08/24/2015 - 21:14 Portuguese
Poesia/Dedicada A Canção de Roma 0 3.467 08/23/2015 - 17:37 Portuguese
Prosas/Otros TURANDOT, Puccini - Óperas, guia para iniciantes 0 4.773 08/21/2015 - 00:43 Portuguese