72 Horas

Sinto a ressaca do amor excessivo
e do exagero de estar vivo
nesse tempo de gesto passivo
e falar inexpressivo.

Preço de viver assim:
o estranho lucro
de burro xucro,
de doido maluco
que sonha o harém sem eunuco.

Da sacada assisto
o Homem restrito
que efeitiçado pelo rito,
ou por K. e pelo grito,
chora e berra aflito
e se queda contrito.
Qual será sua mandinga?
Tão moço ainda ...

Logo tomarei a Morfina sagrada
e a ausência indesejada,
por obra da bela amada
que mistura sopro e dentada.

Por onde A. andará?
Em qual tempo me esperará?
A chuva da madrugada
lavou a alma e o Nada,
nessa incerteza de calçada.

Anoitece a solidão que me traga
e essa angústia que nada afaga
ajeita-se na cama e cobra sua paga.

Submited by

Domingo, Abril 18, 2010 - 00:40

Poesia :

Sin votos aún

fabiovillela

Imagen de fabiovillela
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 7 años 33 semanas
Integró: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of fabiovillela

Tema Títuloordenar por icono Respuestas Lecturas Último envío Idioma
Prosas/Otros WATSON, John B - Behaviorismo e a Psicanálise Contemporânea 0 2.200 01/07/2014 - 11:03 Portuguese
Poesia/Tristeza WEB 0 1.547 06/25/2012 - 22:32 Portuguese
Prosas/Otros Willard Van Orman QUINE - Filósofos Modernos e Contemporâneos 0 1.411 06/21/2012 - 22:18 Portuguese
Poesia/Dedicada Yara Carajá 2 583 04/21/2012 - 03:30 Portuguese
Poesia/Tristeza Yumi do bordel 0 2.545 09/25/2014 - 14:17 Portuguese
Poesia/General Zona 2 1.663 04/06/2011 - 18:49 Portuguese