Entre Borboletas.
Quando ela era criança
Subia telhados de estrelas
E fazia estrelas nos próprios telhados
Os telhados de estrelas ela fazia
Com céu de criança
Quando ela era
Quando ela aprendeu a amar
Construiu telhados de vidro
E quebrou espelhos com as mãos
Ela fez de vidro telhados
E quebrou amores e vidas
Quando ela teve espelhos
Nas mãos
Quando o amor se foi
Ela desceu do telhado da casa
As estrelas haviam partido
Ela sequer teve mãos
Pra dizer adeus
E a casa dela chorou
Os vidros estilhaçados
Fragmentaram as estrelas
Quando entre eles, amantes,
Esfumaçada a tristeza
Entre caminhos voaram
Voltaram as
borboletas
Patrícia Porto
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Miércoles, Enero 20, 2010 - 00:38
Ministério da Poesia :
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