Alhos & bugalhos

Numa voz ao Mundo inclinada
Por toda a obra, nas télas do coração
Grita, com o olhar sinzelado à pincelada
Num fervor auréoleo de compaixão...

Tapei o juízo, soprando ao cérebro um úniverso
Abri, com a vida, varios mundos dispersos...
Só um receio de aglomeração, reduzia-se ao inverso
Fazendo bolhas de sabão, rebentando em protestos...

Foi com o corpo da maçã que matei a minha sede
Com cheiros de ortelã, saciei o corpo verde ...
E, para satisfazer a velhice, o juízo foi julgado
Não sei se estará vazio, ou cheio, para ser pecado...

A Lua sorriu baixinho, em murmúrios prateados
Riscou no mar o caminho, dos amantes encantados;
Cantando pela noite fora, abraçando a solidão...
Brilha ao casal que namora e enternesse o coração...

Vem rolada, no silêncio descoberto
Na minha janela a espreitar...
Ofereço-lhe um sorriso, como um céu aberto
E brinca, para sempre poder brincar.

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Viernes, Abril 16, 2010 - 03:24

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antonioduarte

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