Grãos na calçada
Estava ali, ao lado
Na cena comovente
Olhei, de relance
O que vi, de fato
Foi um choro
De um velho
Ao cair a bolsa
De sua mão trêmula
Em poucos segundos
Suas parcas economias
Espalhavam-se pelo chão
Em fubá, arroz, feijão
Muitos foram os que olharam
Poucos foram os que ajudaram
Nesta dança do tempo de pressa
Que não se dá mais conta
Do outro, que coisa!
Que resta, além dos grãos
Espalhados na calçada
E da pobre senhora de bengala?
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em novembro de 2010.
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Sábado, Diciembre 18, 2010 - 10:18
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Muitos foram os que
Muitos foram os que olharam
Poucos foram os que ajudaram
Nesta dança do tempo de pressa
Que não se dá mais conta