Incompreensível (Como Tantos Outros)

A minha solidão é corrosiva,
Corrompe a carne a cada injunção
Destas centúrias mortas em procissão,
Pois que minha cegueira é abrasiva,

Quando o sibilo aprazível não vem
E o indizível postula um não-querer,
O ritmo do meu verso é autofágicoser,
Traz a Peste e torna a lástima aquém,

Assim, a tortuosidade faz sua morada,
E eu acabo por repetir a con-dicção malograda
De apenas assistir enquanto me consumo.

Cada nova icterícia poética que promulgo,
Propõe as mesmas bilirrubinas sem vulgo,
Pois atesto o fracasso com mais este insumo.

 

 

Submited by

Martes, Enero 11, 2011 - 00:33

Poesia :

Sin votos aún

malentacchi

Imagen de malentacchi
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 13 años 4 semanas
Integró: 06/22/2009
Posts:
Points: 704

Comentarios

Imagen de Henrique

a tortuosidade faz sua morada

Como tantos outros em que a solidão corrompe a carne com cegueiras!!!

 

Um desaguar bem intenso!!!

 

:-)

Imagen de malentacchi

A linha entre a solidão que é

A linha entre a solidão que é necessária e a que é sintomática é bem tênue. Por vezes nos pegamos pulando para o lado em que a solidão corta e o corte não é na carne, é na alma.

 

Obrigado por ler e comentar!

 

Um abraço fraternal

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of malentacchi

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Tristeza Contradição Vespertina 1 403 08/20/2009 - 03:36 Portuguese
Poesia/Meditación Da Contrariedade das Formas 0 521 08/21/2009 - 07:43 Portuguese
Poesia/Meditación Ainda Ontem Perguntei ao Destino... 2 571 08/21/2009 - 11:50 Portuguese
Poesia/Tristeza O Reflexo que Assombra 3 414 08/21/2009 - 23:27 Portuguese
Poesia/Desilusión Mais Uma Noite... 2 398 08/22/2009 - 13:59 Portuguese
Poesia/Tristeza Inversão 1 541 08/24/2009 - 13:03 Portuguese
Poesia/Meditación Comum Entre as Cousas 3 426 08/24/2009 - 15:45 Portuguese
Poesia/Desilusión A Valsa dos Espectros 3 556 08/24/2009 - 22:51 Portuguese
Poesia/Tristeza Meus Demônios 0 582 08/25/2009 - 16:51 Portuguese
Poesia/Dedicada Versos a um Espelho Decadente 0 604 08/26/2009 - 05:57 Portuguese
Poesia/Dedicada O Primeiro Poema da Madrugada 1 399 08/28/2009 - 13:49 Portuguese
Poesia/Tristeza O Primeiro Não Poema do Dia 1 360 08/28/2009 - 17:08 Portuguese
Poesia/Dedicada Virtude Irregular 1 450 08/31/2009 - 17:32 Portuguese
Poesia/Meditación Relapso Pseudo-Fonético 1 654 09/02/2009 - 14:29 Portuguese
Poesia/Tristeza A Arte de Não Ser Proeza Alguma 2 590 09/02/2009 - 17:06 Portuguese
Poesia/Dedicada Pequenas Considerações Sobre a Realidade 4 293 09/03/2009 - 22:10 Portuguese
Poesia/Tristeza Profilaxia Ineficaz 1 518 09/06/2009 - 22:34 Portuguese
Poesia/General E Num Rebanho de Idéias Mortas... 2 366 09/07/2009 - 01:31 Portuguese
Poesia/Tristeza Austero 2 439 09/07/2009 - 01:45 Portuguese
Poesia/Dedicada Anfepramonalmente Descrevo Minhas Tardes 1 594 09/08/2009 - 16:50 Portuguese
Poesia/Tristeza Um Verso Zumbi 2 601 09/09/2009 - 17:47 Portuguese
Poesia/Dedicada Jubileu e Martírio Contra os Muros 2 401 09/09/2009 - 17:48 Portuguese
Poesia/General Poema Antigo 0 476 09/10/2009 - 05:04 Portuguese
Poesia/Tristeza Mais um Poema Abortado Pelo Desconforto 2 603 09/11/2009 - 09:04 Portuguese
Poesia/Tristeza Escatologia para uma Noite Minguante 5 583 09/15/2009 - 06:29 Portuguese