ENSINA-ME A DESPIR-TE

 

Tiro-te a roupa como quem desfolha
as páginas de um livro.

Um daqueles livros que não cansa
ler durante toda a vida.

Vou despir o teu corpo,
lê-lo ao pormenor para entender
o que te traz luminosa fogueira tão viva.
Quero saber de cor a tua áurea resplandecente
neste bom sentimento de amar como nunca antes
amei alguém.

Vou ler todas as tuas palavras, soletrar todos os teus desejos.

Quero escrever poemas de mim no teu silêncio,
completar-te as entrelinhas vazias para aprender
as tuas formas de mulher.

Quero aprender a tocar-te, saber o que te faz estremecer.

Em cada parte do teu corpo
que vou despindo na minha alma,
pauso na história da tua vida.

És tão bonita na minha alma quando estás nua,
brilhas mais linda nos meus olhos
do que qualquer lua-cheia.

Todo o teu corpo é um romance de amor,
cada milímetro da tua pele é um arrepio louco
que jamais esquecerei.

Dispo-me também para te abraçar repleto de alma,
todo o meu corpo sente o teu calor qual vulcão
moldasse um novo mundo.

Tenho-te em mim tão quente que me sinto
hipnotizado a sorver paixão dos teus lábios
onde me dás a provar a tua jovialidade.

Quero acordar, mas o teu perfume
de violeta e canela deixa-me em coma profundo
onde tudo é luz nascida dos teus olhos.

Dissolvo as minhas mãos na tua nudez
que aos meus olhos é um esplendor de prazer.

Aperto-me contra o teu corpo que ferve na minha pele,
levito como um louco sem perder a consciência
de te amar.

Sinto cada momento da tua nudez
como se um cometa soltasse
a maior cauda cintilante de sempre.

És estrela cadente que me leva a delirar
num rasto de emoção infinita.

Acredita, ao deitares-te sobre mim saio fora de mim,
parto para galáxias às quais darei o teu nome.

O encontro das nossas almas nuas,
é um devaneio como se um eclipse de flores
coloridas nos pintasse com novas cores.

É com essas novas cores que te vou amar sob arco-íris
em forma de coração até ao fim dos tempos.
 

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Sábado, Enero 15, 2011 - 22:30

Poesia :

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Henrique

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Viver o amor em toda a sua

Viver o amor em toda a sua plenitude, docemente

na teimosia de sonhar tudo.

Lindo! Adorei.

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