o dia em que o eu me largou
O dia em que o meu eu me largou
No dia em que o eu me largou,
Arreiguei um cargo desnecessário,
160 Graus/leste, (a meu ver) antónimo
Da noção de básico e sem préstimo
E onde o ermo é o meu elemento supremo,
Cansado do ser que eu próprio sou,
Cem por cento anónimo e néscio,
Tomei a paz como acessível confessionário,
Não, que não queira o sentir que possuo,
Mas não aprendi a ser mais espontâneo
Nem no vigésimo dia em que o eu me largou
Actualmente confesso não ter fé num novo cenário
E ainda penso no sossego do sol tardio,
Como a resignação perfeita do final do dia ,
E uma visão do mistério que não controlo,
Mas tento manter o essencial d'ele ao colo,
Apesar d’ uma crença orgânica num novo eu.
Jorge Santos (03/2011)
http://joel-matos.blogspot.com
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Comentarios
Cem por cento anónimo e néscio, Tomei a paz como acessível confe
"Cem por cento anónimo e néscio,
Tomei a paz como acessível confessionário"
Prezado Joel
Bem aventurados os que empreendem esta busca!
Felizes os que buscam contemplar o mistério de si e o mistério que lhes deu a origem!
Parabéns pelo poema!
Um momento em que o "eu" e o
Um momento em que o "eu" e o seu construtor se unem para produzir um belíssimo acto de escrita.Gostei!