Labiríntica sensibilidade

 

 

Num labirinto verde


me desenho


com carvão terrorista,
activo o rastilho
de mágoa lascada,
sou quermesse de células
reveladas -
espectro de bombista.

 

Em chão de terra batida
sou cravo sedento
largado a poente
das encostas ,
janelas amplas
deeeemoooraaaaadaaaas,
com passos
que me observam


em tormento.

 

Labiríntica sensibilidade
percorre-me a pele
sem saída,
que me intriga,
resvala pela sombra da árvore,


amordaçada


comprimida no oxigénio
redentor
ausente
que comigo briga.

 

Pólvora
faz-se cortina nas pupilas
amargura caminha a meu lado
sôfrega
de escalar versos de poesia
carimbada num sopro


dormente...


quase imensidão,
afundando a noite
que quase era minha
e eu


esquecia.

 

A tesoura corta a folha,
o vestido cai
de propósito.

 

Há um beijo

 

 
inflamado
 

 


sílabas independentes,
na curva fechada,
quase madrugada,
afastada,
obediente
extraordinária
e pessoas

 

do passado.

 

Pegádas aos solavancos,
um refúgio figurado,
uma mentira acertada,
uma vértebra quebrada
e um grito de licor.

 

Labíríntica sensibilidade
sentada à minha espera.

 

"Fosse eu banco de jardim...!"

 

rainbowsky

 


 

Submited by

Sábado, Abril 2, 2011 - 02:21

Poesia :

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rainbowsky

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Comentarios

Imagen de MariaButterfly

Fosse eu banco de

Fosse eu banco de jardim...!"

e o meu mundo, era meu...

 

adorei a tua poesia,

triste, mas no fim a esperança

prevalece.

 

quem sabes um dia, serás Jardim?

 

beijos!

 

Imagen de Susan

Um labrinto de emoções que se

Um labrinto de emoções que se estende por todo o poema ...

Muito te ler !!!

beijos

Susan

Imagen de MarneDulinski

Labiríntica sensibilidade

Lindo seu poema, gostei muito!

Meus parabéns,

MarneDulinski

Imagen de antonioduarte

Olá amigo Rainbowsky, muito

Olá amigo Rainbowsky, muito bom te rever para a literatura afinada.

Gostei do teu texto e espero que ainda tragas muito mais do teu geito poético, onde o "labirinto" preenche :

"quase imensidão,
afundando a noite
que quase era minha..."
 

Obrigado

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