SANGRAR DA ALMA

Uno as palavras que pertencem sábias
ao vapor dos meus desejos chocalhados
numa torre de energia no meu interior,
que segura solitário o equilíbrio
da minha mente silenciosamente recolhida,
nas alcunhas que dão nome à minha face fria,
enquanto uma tristeza muda me atira
para uma nuvem de tormenta na montanha,
recebendo de pé o sangrar da alma
diante do arco-íris quebrado pelo murmurar
de uma lágrima que derrama sombras de lama,
vergando severamente a lei da minha vida.

Contemplo a luz do dia numa renovação
da esperança distorcida nos meus braços,
tomando um lugar derrubado por recordações
isoladas nas ruínas de um sorriso perturbado,
por tentações que me torturam de frente
para o sol poente aguardando o ajoelhar da noite
sobre uma rude pintura de solidão.

Rendido às razões
que destroem a minha inocência remendo o tempo,
ferido pelos ventos que não me sopram sorte
e regresso ao caminho onde as fogueiras
queimam os medos ouvindo o diluvio da voz
que cita o meu rumo.

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Miércoles, Noviembre 19, 2008 - 01:40

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Henrique

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Re: SANGRAR DA ALMA

É bom desabafar a tristeza na poesia…

:-)

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Re: SANGRAR DA ALMA

Uma composição que toca a alma! Comovente e recheada de sentimentos onde o coração apresenta seu cansaço. Estarei colocando meu próximo texto que se chama: Essência de minha tempestade, parecidíssima com esta sua composição, porém não em palavras mas em sentimentos que transpassam a dura realidade. Parabéns poeta, por tão belo expressar... Bom dia!

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