Famélico Ser

FAMÉLICO SER
Jorge Linhaça

Que de lixo te alimentas,
da alienação das gentes
 comes os restos,
das mesas opulentas
da sociedade indiferente
para a qual és só inseto

Famélico ser, foste criança
hoje aos que passam és dejeto
dizem para ti não há esperança
só uma lápide de concreto

Famélico ser, viramundando
O lixo na rua entornando
indiferente à indiferença de quem vai passando

Viramundo famélico
a fome do corpo sacias
mas serás sempre cético
mundo cheio de ironias

A fome em teu peito
essa fome de amor
Essa não tem jeito
Só te resta a dor

E os hipócritas enojados
não suportam o teu cheiro
pois é o cheiro do pecado
dos que tem por deus o dinheiro.
 

Submited by

Lunes, Mayo 30, 2011 - 11:42

Poesia :

Sin votos aún

Jorge Linhaca

Imagen de Jorge Linhaca
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 9 años 44 semanas
Integró: 05/15/2011
Posts:
Points: 1891

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Jorge Linhaca

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Prosas/Pensamientos As abelhas e o refrigerante 0 2.353 05/15/2011 - 12:49 Portuguese
Prosas/Contos A Profecia 0 2.228 05/15/2011 - 12:48 Portuguese
Poesia/Soneto Distorções 0 1.423 05/15/2011 - 12:46 Portuguese
Poesia/Soneto Canto Negro 0 1.838 05/15/2011 - 12:42 Portuguese
Poesia/Soneto Mais Vale Acender a Luz 0 2.039 05/15/2011 - 12:40 Portuguese
Poesia/Soneto Soneto ao ronco 0 1.650 05/15/2011 - 12:37 Portuguese
Poesia/Soneto Soneto Caipira 0 2.859 05/15/2011 - 12:25 Portuguese
Poesia/Soneto Ao Gregório de Mattos 0 1.628 05/15/2011 - 12:17 Portuguese
Poesia/Soneto Soneto ao trono 0 1.270 05/15/2011 - 11:59 Portuguese
Poesia/Soneto Soneto ao Caracol 0 1.934 05/15/2011 - 11:44 Portuguese
Poesia/Soneto A barata 0 2.627 05/15/2011 - 11:39 Portuguese
Poesia/Soneto Castelo de Areia 0 1.878 05/15/2011 - 11:11 Portuguese