Pela rua anda um vestido a voar
Pela rua anda um vestido a voar, parece que o vento entra dentro dele. É o vento vestido de pobreza. Um vestido branco como o branco dos olhos vazios, dos olhos que nunca se apaixonam. Houvesse o barulho do mar no motor do carro velho. Precisamos de nostalgia, de sentir outra língua na húmida face, o nosso corpo é o tempo que olhamos de fora, esse tempo húmido e incompreendido , somos ausentes, não sentimos nada, e parece que há alguma coisa que nos empurra. É possível que haja um segredo dentro daquele vestido, o vento é o corpo novo que entra dentro dele, o som que escutamos é como uma voz feminina que sopra a triste natureza nos nossos ossos.
Lobo 011
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Jueves, Junio 23, 2011 - 17:49
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