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À la tombée de la nuit

outeiros na noite onde se esconde
todo tipo de gente. caminhar pelas ruas às 23h
é mesmo um experiencia viva.
mendigos,esquecidos pelo resguarde da política,
prostrados sobre os bancos quebrados e imundos
das praças públicas.mulheres prostituídas,
apontando para um acaso mais presente na vida delas
que em qualquer outra,contracenam com as figuras
másculas que deixaram a sua devoção e fidelidade
no altar onde se contrói as famílias.
e os carros,sempre muito apressados,cortam,tal
qual um vulto em tom acromático,o asfalto
já frio das ruas.tem-se bebados a praguerjarem
a má sorte dos seus times no futebol,especulando
de maneira contraditória sobre a ausencia de uma moral
que eles não possuem,pois,se tivessem,não estavam
num bar falando sobre moral,mas,sim,em suas casas
sob proteção de suas famílias.
as luzes,nos altos prédios da burguesia mórbida,
mostram-se,quase em todos os apartamentos,acesas,
lá é aonde se escondem os bacharéis e os homens
de importancia,dignatários de uma vida que é deles
mas que lhes fora dada por alguém como eles que,
por sua vez,também a recebera de alguém,pois a fortuna
é herança,assim como a pobreza.
as boates,aglomeradas de gente jovem,tocam um ritmo rápido
que em nada lembra a suavidade ou a poética que é própria
da arte,mas,eu sei,qualquer tipo de música é arte,
mesmo que não faça sentido.mas eu sei,a arte não precisa
de um sentido.então,pra que se fazer arte?
não importa,a noite é um lugar lascivo e os ignóbeis
em busca da cópula,do excedimento hormonal preso
nas suas picas e bocetas,caminham deixando pelo ar
o perfume caro que lhes rendera uma dívida enorme.
mas tudo vale e eu estou aqui,encostado a um poste,
coletando impressões para as minhas loucuras escritas.

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segunda-feira, fevereiro 8, 2010 - 07:15

Ministério da Poesia :

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joaopaulo19

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