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Asceta

A rua está cheia de passos e sapatos mirrados.
Logro com convicção a entrada aveludada para a gruta da posteridade.

Com indolência dou o primeiro passo
Num ato desvairado, desatrelo as ligações
Desatrelo o elo com as pessoas.

Estou imaculado e atormentado!
Sem “adeus”, sem “até um dia”...
Quero que pensem que morri.
Ausentar-me-ei de todos
& partirei para o ar, o céu e a terra.

Sou o Zaratustra
Ressuscitado do pólen da flor enrubescida.
Germinado no pico da montanha mais alta.
Lá de cima escreverei nas pedras.
Doravante me inclinarei para olhar meu fruto matizado
& cear o que aprenderei nesta minha reclusão
De atmosferas transparentes e leves.

Com apenas um empurrão destruí o algoz
Das influências inflamadas dos simples mortais.
Não posso dizer-lhes mais nada...

Transmutei-me em asceta na serena natureza
& agora sou mais que um simples homem.

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quarta-feira, dezembro 16, 2009 - 23:12

Ministério da Poesia :

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FranciscoEspurio

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