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Cancro à pele

Os sons de pianos não dizem mais nada
Com cabeças engolidas por janelas de sextas-feiras
Alojam traças sobre páginas amarelas
O som do universo sutilmente resplandece
Largar a vírgula numa frase
Ou esconder um aborto na lama

Sonhar inocula ressumada ao feitiço
Emersão dolorosa da cor impedida de colorir
Criaturas aladas medrosas
Com medo da dúvida

Cumprimentos afélios siberianos e libidinosos
Cônscio e desprezível
Assíncrono congênito menstruado

Estacar o rumo certo do espirro
Abrir a porta e pensar
Sentar e nada ser
Ser e nada refletir

Segurar a água e beber o ar
Amar o ódio como danças ao mar
Amando em praias

Cilícios brilham areias
Pedras suam aspereza
No fundo um segredo ou um astro perdido

Ao sofá outra face que não come nem bebe
Espreita inocente culpada amedrontadora

Corre para cair no corredor e gritar de medo
Nenhuma luz acende-se
Nenhuma mão estende-se
Os deuses se foram por falta de pagamento

Atropelamos as madrugadas e fecundamos monstros
Na coberta azul do céu alado
No pênis nu de Adão

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terça-feira, dezembro 15, 2009 - 20:56

Ministério da Poesia :

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Alcantra

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