CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Viajando no veleiro
Publicado em 1988, o romance O quarto vazio, de Maria Augusta de Almeida, mostra-nos como podem ser tortuosos e incompreensíveis os caminhos que terminam por nos conduzir à felicidade. Ambientado em 1950, O quarto vazio nos conta a história de Nair, moça simples do interior que vai estudar na cidade e trabalhar como empregada doméstica na casa de uns conhecidos da família, passando por grandes provações até finalmente encontrar o amor e preencher o vazio que a oprime.
No começo da história, Nair é uma menina cheia de sonhos, que vê nos estudos a chance de um futuro mais amplo do que o que teria se ficasse no sítio de seus pais, trabalhando na roça mas, ao chegar à cidade, ela vê que nem tudo é fácil. Além de trabalhar como empregada, ela ainda é humilhada pelas filhas de sua patroa e vê que os caminhos do amor não são tão fáceis quanto se podia esperar. Seu primeiro namorado é um rapaz de posses e ambos são separados pelos pais dele, que não veem com bons olhos o relacionamento do filho com uma empregada. Para se consolar, ela aceita namorar Pedro, homem mais velho, de quem engravida. Ao se dar conta do seu estado, Nair se desespera e escreve para Pedro, dizendo que precisam casar imediatamente. Porém, Pedro morre num acidente e Nair, angustiada, esconde a gravidez. Numa época em que uma mulher solteira grávida era escorraçada pela família e pela sociedade, Nair enfrenta todos os preconceitos e dores. É despedida da casa onde trabalha e, ao voltar para a casa da família, é expulsa pelo pai. Sozinha, ela encontra apoio apenas em Zé, antigo namorado de infância e único com vontade de ajudá-la, que lhe arruma transporte para viajar. Durante a viagem, ela passa mal e sente as dores do parto. Um senhor a leva à Santa Casa, onde ela tem seu filho, mas, incapaz de sentir afeto maternal pelo menino, resolve dá-lo ao senhor que a ajudou e a sua esposa, mulher bondosa e sem filhos.
Depois, Nair tenta continuar sua vida, tomada pelo sentimento de vazio. Consegue emprego num lugar e se envolve com outro homem,casaoo, engravidando novamente, mas, desta vez, ela resolve que criará seu filho e, após o parto, vê que deu à luz uma menina e arruma emprego numa creche, sentindo-se preenchida pela primeira vez na vida, porque tem alguém a quem ama. No entanto, a menina adoece e morre e Nair, deprimida, vai embora. No ônibus que a leva a São Paulo, ela conhece seu Zé, um idoso cego e alegre, que a leva a uma pensão. Ajudada por seus novos amigos, Nair consegue emprego como datilógrafa. Mário, seu patrão, é um jovem bondoso e humanitário, que logo se interessa por Nair, que reluta, visto que as dores do seu passado ainda estão muito vivas. Quando ele revela que a ama, Nair revela seu passado e Mário resolve que o passado deve ficar para trás. Ambos se casam e Nair prepara um quarto para os filhos que virão. Todavia, Nair não engravida e descobre que não pode mais ter filhos.
Narrado numa linguagem simples e emocionante, O quarto vazio nos faz mergulhar na luta e no sofrimento de Nair em sua busca pela felicidade e pelo amor verdadeiro. Durante toda a narrativa, acompanhamos a transformação da menina em mulher, sofrendo duros golpes, mas se mantendo firme na sua capacidade de amar e sobreviver. Com suavidade, vemos como Nair amadurece, aprendendo a superar o sofrimento e recuperar a confiança no amor que finalmente encontra em Mário, homem em quem encontra compreensão, amizade e companheirismo.
Submited by
Críticas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2475 leituras
other contents of Atenéia
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Críticas/Livros | Vozes da infância | 0 | 4.470 | 01/02/2016 - 20:38 | Português | |
Poesia/Soneto | Quando ela me visita | 0 | 1.365 | 12/30/2015 - 18:41 | Português | |
Poesia/Amor | Senti o amor chegar | 0 | 1.026 | 12/30/2015 - 18:39 | Português | |
Poesia/Alegria | Um sopro de esperança | 0 | 1.504 | 12/29/2015 - 18:04 | Português | |
Poesia/Desilusão | Lacunas | 0 | 1.257 | 12/29/2015 - 18:01 | Português | |
Poesia/Geral | Meu corpo não é seu | 0 | 1.032 | 12/28/2015 - 15:42 | Português | |
Críticas/Livros | Voando para viver | 0 | 4.395 | 12/28/2015 - 15:09 | Português | |
Críticas/Livros | Um universo individual | 0 | 5.497 | 12/27/2015 - 09:52 | Português | |
Poesia/Desilusão | E se você | 0 | 1.635 | 12/27/2015 - 09:41 | Português | |
Poesia/Gótico | Senti que ela vinha | 0 | 2.727 | 12/11/2015 - 19:57 | Português | |
Poesia/Gótico | Gargalhadas | 0 | 1.556 | 12/11/2015 - 19:52 | Português | |
Poesia/Meditação | Perco as palavras | 0 | 2.729 | 12/09/2015 - 15:40 | Português | |
Poesia/Geral | Amanhecer | 0 | 2.018 | 12/09/2015 - 15:39 | Português | |
Poesia/Haikai | Brisa | 0 | 3.042 | 12/09/2015 - 15:36 | Português | |
Poesia/Meditação | A verdade | 0 | 2.265 | 12/08/2015 - 13:44 | Português | |
Poesia/Meditação | Para o que vivemos | 0 | 1.852 | 12/08/2015 - 13:42 | Português | |
Poesia/Paixão | Rosa vermelha | 0 | 1.662 | 12/03/2015 - 18:45 | Português | |
Poesia/Geral | Nobody waits for us | 0 | 4.038 | 12/03/2015 - 18:41 | inglês | |
Poesia/Geral | Yo no tengo miedo | 0 | 1.764 | 12/03/2015 - 18:38 | Espanhol | |
Poesia/Meditação | Don't lie to me | 0 | 3.122 | 12/02/2015 - 19:39 | inglês | |
Poesia/Meditação | Acabou o tempo | 0 | 2.087 | 12/02/2015 - 19:36 | Português | |
Poesia/Amor | Whispering for you | 0 | 3.943 | 11/28/2015 - 20:08 | inglês | |
Poesia/Fantasia | Um coro de anjos | 0 | 902 | 11/28/2015 - 20:05 | Português | |
Poesia/Gótico | Você matou meu amor | 0 | 1.501 | 11/22/2015 - 11:53 | Português | |
Poesia/Gótico | Why should I live | 0 | 2.258 | 11/22/2015 - 11:48 | inglês |
Add comment