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CANÇONETAS VII

7

Bacchica

Descuida-se Jove
Na olympica mesa,
Da summa grandeza,
Do eterno poder:

Consente um sorriso
Nos labios, que mólha,
E humano se ant'ólha
No gesto, no ser;

A monotonia
Dos bens, em que impera,
O nectar lhe altera,
Lhe faz esquecer:

O nectar, que adoça
Mortaes azedumes,
Até entre os numes
Matiza o prazer.

Se Jupiter bebe,
Não hei de eu beber?

De Baccho opulento
Compõe-se o thesouro,
De perolas, de ouro,
Topazio, rubí.

Do nectar sentindo
Nas fauces o travo,
Diserrimo escravo
Desdenha o Sofi.

Lustrosas chimeras
Lhe vagam na mente,
Do mundo é contente,
Contente de si.

Amigos, libemos
O pico sagrado,
Tão mal condenmado
Na seita de Ali.

Teimosos cuidados,
Caterva importuna,
Visões da Fortuna,
Deixae-nos, fugí.

O nosso universo
Não passa d'aqui.

Em torno a Baccho
Susurra, adeja,
Ri-se, graceja,
Scintilla Amor.

Ao deus Idálio
Baccho é preciso,
Doura-lhe o riso,
Lhe accende a côr.

Amor, oh Baccho,
Tem por costume
Juntar seu lume
Com teu ardor.

Ambos se adorem
Com egualdade,
Tenha a vontade
Mais de um senhor.

Baccho triumphe,
Triumphe Amor.

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segunda-feira, setembro 21, 2009 - 00:04

Poesia Consagrada :

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Bocage

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