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A Jóia - Ato Terceiro - Cena IX
Cena IX
Carvalho, Sousa, escondidos, Valentina, Gustavo
Valentina (Entrando pela direita, segundo plano, acompanhada por Gustavo.)
- Já cá não está,
Gustavo - Foi-se embora?
Valentina - Arrependeu-se talvez...
Gustavo - Pois olha: mesmo por três
é negócio.
Sousa - Nós agora!
(Salta do esconderijo e agarra Gustavo pelo pulso.)
Ai, grandíssimo cachorro!
Carvalho (O mesmo com Valentina.)
- Canalha! corja! canalha!
Sousa (Agitando a bengala.)
- Vais ver como isto trabalha!
Carvalho - Pede já perdão!
Valentina (Caindo de joelhos.) - Socorro!...
Carvalho (Cruzando os braços.)
- Pois lucrei com a minha vinda
aqui!
Sousa - Com que tua irmã
é uma torpe barregã,
e tu és mais torpe ainda!
Apanha! (Dá-lhe com a bengala.)
Gustavo (Esquivando-se) - Senhor!
Sousa (Perseguindo-o e dando-lhe.) - Apanha!
Toma! Toma!
Gustavo (No mesmo.) - Ai! Quem me acode?
Sousa - Toma, patife!
Gustavo - Não pode!
(O Joalheiro entra pela esquerda, segundo plano e interpõe-se.)
Carvalho - Pouca vergonha tamanha
nunca se viu!
O Joalheiro (Apartando Sousa e Gustavo.) - Mas que é isto?
Sousa - Deixe matar este cão!
Carvalho (A Gustavo.) - Que é do doutor Perdigão?
O Joalheiro - Que fez o pobre de Cristo?
Valentina (Como ferida por uma idéia súbita.) - E a jóia?
(Cai desmaiada em uma cadeira; Sousa e Carvalho dão-se o braço e descem à cena. Gustavo corre para Valentina, e vendo que está desmaiada, sai pela direita, primeiro plano. Saída falsa. O Joalheiro fica ao fundo como que apreciando.)
Sousa (A Carvalho.) - ‘Stá satisfeita
de todo a nossa vingança!
Partamos sem mais tardança!
Carvalho - É compadre, a conta feita,
saio com o cobre que trouxe.
Sousa - Eu sinto um prazer estranho;
mas hei de tomar um banho
quando sair deste alcouce.
Gustavo (Volta com um frasquinho, que faz aspirar Valentina.)
- Valentina!
Sousa (Ao público.) - O exemplo importa
da estranha aventura nossa,
não só aos tolos da roça
como aos espertos da corte.
(CAI O PANO)
FIM
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