CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Oh! Que acordar!
Se o que somos, se o que temos sofrido
Não fosse mais que um sonho!
A despedida sem adeus, a ausência,
O desterro medonho!
O viver sem família, sem ventura,
Sem esperanças mais...
Este penar eterno, este sofrer sem crime,
Este descrer dos mais;
E aquele ver-te qual t'eu vi, co'o pranto
Nos olhos a brilhar,
E nos lábios sorrisos porque vias
Qual era o meu penar!
Se esse fingir que a vida te esgotava
Do pobre coração,
Se tudo fosse um pesadelo horrível,
Um sonho vão;
Se outra vez amanhã meiga sorrindo
Me viesses contar
Teu sonho mau, durante a noite, e o ledo
Venturoso acordar!
E que de ver-te se me fosse d'alma
D'angústia o sentimento,
Como visão noturna, como um traço n'água,
Nuvem que tange o vento!
Se em nossos peitos desses caos surgissem
Os êxtases de amor,
Como aves mil, que no romper do dia
Voam de um ramo em flor!
E a vida entre nós franca! o amor possível,
E o paraíso ali!
Oh! que acordar!... Venham dizer-me agora
depois do que sofri,
Que o mundo é vasto, que não devo amar-te,
Que renuncie a ti!
Fazei-o vós, se sois capaz de tanto...
Não o peçais de mim.
Qual o horrendo porvir que após nos guarda
Não o sabeis, eu sei!
É ser morto por dentro, é dizer d'alma
Jamais feliz serei!
É criar tédio à vida! — um só receio
Ter-se — que seja eterno
Este viver, este descrer de tudo,
Este penar do inferno!
Submited by
Poesia Consagrada :
- Se logue para poder enviar comentários
- 886 leituras
other contents of AntonioGoncalvesDias
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia Consagrada/Geral | Canção do Tamoio | 0 | 342 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Como! és tu? | 0 | 394 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Amor | Como eu te amo | 0 | 1.486 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Espera! | 0 | 331 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | I Juca Pirama | 0 | 327 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Leito de Folhas Verdes | 0 | 335 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Lira | 0 | 400 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Marabá | 0 | 341 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Meu anjo, escuta | 0 | 359 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Os Timbiras – Introdução | 0 | 538 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Os Timbiras – Canto Primeiro | 0 | 525 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Os Timbiras – Canto Segundo | 0 | 428 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Os Timbiras – Canto Terceiro | 0 | 357 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Os Timbiras – Canto Quarto | 0 | 437 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | A Baunilha | 0 | 706 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | A Concha e a Virgem | 0 | 717 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Ainda uma vez - Adeus | 0 | 375 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | A História | 0 | 396 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | A Minha Rosa | 0 | 293 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | A Noite | 0 | 406 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Amanhã | 0 | 353 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Dedicado | A Vila Maldita, Cidade de Deus | 0 | 1.393 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Dedicado | Quadras da Minha Vida | 0 | 1.397 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | O Mar | 0 | 377 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Idéia de Deus | 0 | 389 | 11/19/2010 - 16:54 | Português |
Add comment