CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Indigno eu,
Escritor mecânico e doente, incurável monstro,
Indigno eu, organismo morto, sem paladar
Ou gosto, aroma sequer, eu- vulgar sol-posto,
Com talento apenas de brisa indolente, inimputável
Tal qual roupa suja de sangue fresco sob uma laje
De cimento seco, indigno eu perante gente ou
Acontecimento e na indelicadeza de não pensar
Neles, a insaciabilidade de um cão vadio, sujas cores
Numa cabana sem “backyard”, escrevo sem esforço
Entre as quatro tábuas de um mero quintal e ainda
Digo que me perdi, de mim para mim e sempre com
Mau discurso, num Catalão que ninguém fala, nem eu
Mesmo entendo, perguntando as horas, 19″maybe-less”.
Se me manifesto pela saliva do nariz, Salvo a consciência,
Perco-me no que digo, na memória e na forragem do umbigo,
A trajectória não tem leme, vagão ou rumo,
Escrevo “por-bem-dizer” o que conluio ser uma tela
De superfícies cavas, expressando o que é a face humana
E manuscrita, não falando daqueles que não têm
Remédio comigo. Os dias grandes não costumam repetir-se,
É um facto, cabe a mim situar-me no melhor lugar
E pensar diferente e cada minuto de dia, na galeria,
Na plateia ou no balcão, para que esta pareça uma outra peça,
Sem me sentir prisioneiro do teatro,
Posso sempre sair para a praça, Jogar matraquilhos
Ou assistir da bancada ao clube da terra,
Enormes são os dias que não se repetem, nem mesmo
Eu, repito-me escrevendo, concluí que sou um viciado
Em rotinas pequenas, pequenos são os meus dias e a rotina,
Escrevo o que ninguém escuta eu dizer falando,
Sou que eu digo, do umbigo e em roda dele,
Situo-o no meio-dia e eu em órbita do nariz, na saliva
Desvalorizada, vulgar, parda vida em que vivo
Sem me fazer ouvir, enviesada …
Jorge Santos 09/2019
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2401 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Atrás de mim Gigantes | 200 | 2.885 | 05/16/2019 - 11:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Qual viagem… | 390 | 3.337 | 05/11/2019 - 16:37 | Português | |
Poesia/Geral | Morto vivo eu já sou … | 496 | 3.713 | 05/09/2019 - 11:06 | Português | |
Poesia/Geral | Tesoureiros da luz, | 677 | 11.468 | 05/09/2019 - 10:59 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Na extrema qu’esta minh’alma possui. | 156 | 2.157 | 04/24/2019 - 20:03 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Como rei deposto numa nação de rosas ... | 266 | 6.961 | 04/23/2019 - 09:37 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Por amor ao meu país… | 230 | 4.020 | 04/23/2019 - 09:05 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Posso soltar as asas… | 330 | 3.209 | 04/14/2019 - 19:58 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Frágil | 353 | 5.109 | 04/14/2019 - 19:53 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O Cavaleiro da Dinamarca. | 780 | 3.796 | 04/14/2019 - 19:52 | Português | |
Poesia/Geral | (Vive la France) | 465 | 4.375 | 04/14/2019 - 19:48 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Calmo | 332 | 3.037 | 04/14/2019 - 19:46 | Português | |
Poesia/Geral | A ilusão do Salmão ... | 544 | 3.577 | 04/14/2019 - 19:45 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sofro por não ter falta , | 612 | 4.978 | 04/13/2019 - 11:39 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Ridículo q.b. | 509 | 3.859 | 04/12/2019 - 16:22 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | À dimensão do horto … | 347 | 6.872 | 04/11/2019 - 09:45 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Trago em mim dentro | 771 | 4.946 | 04/10/2019 - 10:53 | Português | |
Poesia/Geral | Último Poema | 435 | 3.820 | 04/10/2019 - 10:50 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Colossal o Oceano, | 434 | 3.754 | 04/10/2019 - 10:49 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O Gebo e o Sonho. | 404 | 3.920 | 04/10/2019 - 10:48 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Convenço, convencei, convençai… | 491 | 3.606 | 04/09/2019 - 12:00 | Português | |
Poesia/Geral | Certidão de procedência | 406 | 3.135 | 04/09/2019 - 11:58 | Português | |
Poesia/Geral | - Papoila é nome de guerra - | 359 | 36.154 | 04/09/2019 - 11:56 | Português | |
Poesia/Geral | Como terra me quero, descalço e baixo ... | 480 | 2.122 | 04/09/2019 - 11:52 | Português | |
Poesia/Geral | O erro de Descartes | 479 | 2.820 | 04/09/2019 - 11:49 | Português |
Comentários
Digo que me perdi, de mim
Digo que me perdi, de mim para mim e sempre com
Mau discurso, num Catalão que ninguém fala, nem eu
Mesmo entendo
Digo que me perdi, de mim
Digo que me perdi, de mim para mim e sempre com
Mau discurso, num Catalão que ninguém fala, nem eu
Mesmo entendo
Digo que me perdi, de mim
Digo que me perdi, de mim para mim e sempre com
Mau discurso, num Catalão que ninguém fala, nem eu
Mesmo entendo
Digo que me perdi, de mim
Digo que me perdi, de mim para mim e sempre com
Mau discurso, num Catalão que ninguém fala, nem eu
Mesmo entendo
Digo que me perdi, de mim
Digo que me perdi, de mim para mim e sempre com
Mau discurso, num Catalão que ninguém fala, nem eu
Mesmo entendo
Digo que me perdi, de mim
Digo que me perdi, de mim para mim e sempre com
Mau discurso, num Catalão que ninguém fala, nem eu
Mesmo entendo
Digo que me perdi, de mim
Digo que me perdi, de mim para mim e sempre com
Mau discurso, num Catalão que ninguém fala, nem eu
Mesmo entendo
Digo que me perdi, de mim
Digo que me perdi, de mim para mim e sempre com
Mau discurso, num Catalão que ninguém fala, nem eu
Mesmo entendo
Digo que me perdi, de mim
Digo que me perdi, de mim para mim e sempre com
Mau discurso, num Catalão que ninguém fala, nem eu
Mesmo entendo
Digo que me perdi, de mim
Digo que me perdi, de mim para mim e sempre com
Mau discurso, num Catalão que ninguém fala, nem eu
Mesmo entendo