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Na extrema qu’esta minh’alma possui.
Se a alma fosse minha extrema
E eterna a clareza que cresce,
Ao longo de meus dedos,
Mesmo de olhos vendados,
O terreno ermo vizinho,
Seria planície, solo arável,
Mas por sorte, ou sem ela,
Nada sou, nem orvalho,
Quanto mais destino
Avençado, paixão fértil,
Sou um sem terra, grelo eunuco,
Onde o deserto é chão nu,
Fecham-se-me os olhos,
Suspendo a natureza esta,
Renego a álea e o caminho
Estéril do trabalhador
Sem trabalho, cansado
De atar a alma ao extremo
De si mesmo, como um mastro
Na distante lua.
Gracejo com o espelho,
Inexplicável ilusão de velho,
Ou um sentido solto,
Que desconheço.
O que poderei dizer,
Pra que me entenda
Eu, que nem falar sei,
E o ver-se me acaba
Na extrema qu’esta
Minh’alma possui.
Joel Matos (10/2014)
http://joel-matos.blogspot.com
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Conserto a Palavra Conserto a
Conserto a Palavra
Conserto a palavra com todos os sentidos em silêncio
Restauro-a
Dou-lhe um som para que ela fale por dentro
Ilumino-a
Ela é um candeeiro sobre a minha mesa
Reunida numa forma comparada à lâmpada
A um zumbido calado momentaneamente em exame
Ela não se come como as palavras inteiras
Mas devora-se a si mesma e restauro-a
A partir do vómito
Volto devagar a colocá-la na fome
Perco-a e recupero-a como o tempo da tristeza
Como um homem nadando para trás
E sou uma energia para ela
E ilumino-a
Daniel Faria
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Eu, que nem falar sei,
Eu, que nem falar sei,
Eu, que nem falar sei,
Eu, que nem falar sei,
Eu, que nem falar sei,
Eu, que nem falar sei,
Eu, que nem falar sei,
Eu, que nem falar sei,
Eu, que nem falar sei,
Eu, que nem falar sei,