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Nada mais (nona carta)
Profundos versos do qual sou fonte de inspiração
A minha vaidade é agora uma taça cheia
Sim, devo alertar-te que é o orgulho que me instiga.
Tal como foste no Passado, sou eu hoje a areia…
Nada deves construir com o que escorre por entre os dedos
Os teus castelos são frágeis, ainda que de rara beleza
A hora da maré logo apagará as marcas da tua existência
Não o afirmo por despeito ou carregado de tristeza.
Não deveria ter perguntado se vinhas comigo
Foi o mesmo que pedir à pólvora para beijar o fogo
As palavras também inflamam e os teus olhos…
Os teus olhos têm o brilho do amor e do desgosto.
Os teus olhos têm a força de cem velas
Confesso que senti fascínio, tal foi o espanto!
Uma palavra minha e o Natal chegaria mais cedo…
Estranho poder o meu, assombroso encanto.
Não obstante nada mudou! Nada existe!
Nada guardei de teu. Nada foi meu.
O ciclo lunar manteve-se ininterrupto
O meu caminho raramente se cruzou com o teu…
Para que não haja engano, repito:
Não houve história
Tudo limpei da memória!
Esquecida e enterrada ficaste tu
que sei como eras,
por que nome respondias …
Nada mais!
Poema publicado no blog Broken Wings e na Rede Social PEAPAZ
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Ministério da Poesia :
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