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REQUIEM PARA AMY WINEHOUSE
Hoje, 23 de Julho de 2011, algures no Norte de Londres
No isolamento atulhado de fama e com o teu corpo
Provavelmente encharcado de álcool e droga,
Sucumbiste! Deixaste a terra e provavelmente
A tua alma, filosófica, desprendeu-se de ti
E partiu, sabe-se lá para onde, em voos alucinantes
Como sempre gostaste de viver!
Não conseguiste atingir o Nirvana, o equilíbrio, a libertação,
Apesar de tantos avisos, vindos de todos os lados:
Dos que te julgaram, te prenderam, mas só queriam salvar-te.
Não existiu para ti um «estado de Anatman, como porto libertador*»
Ou talvez o tenhas conseguido, na tua própria partida.
Que sabemos nós, sobre a complexidade da existência humana?
Morreste no refúgio de ti própria, trauteando canções
Escutando talvez, ainda pela última vez: BACK TO BLACK
Ou inventando melodias soul fascinantes,
Para serem inscritas no epitáfio do teu túmulo,
Feito de mármore branco e de eternos silêncios,
Reservado aos que vão tombando, pela viagem vertiginosa,
Vítimas duma vida árdua, da fama e do consumo de drogas.
Já Mário de Sá Carneiro, escrevia a Fernando Pessoa,
Sobre essa estranha atracção pelo fim.
«A maldição dos vinte e Sete» não existe,
Cada um pode influenciar de algum modo,
A sua própria existência, porque viver ou morrer
É também uma questão de vontade.
Lembrei-me hoje das belíssimas rosas de alguns jardins de Londres,
Aceita-as, como tributo ás tuas fascinantes canções,
Que escuto embevecida, nessa voz espantosa e original,
Misto de sagrado e de profano, de conversa simples
Seguida de sons únicos, fortes como um furacão musical
Que arrasava plateias, rendidas ao teu talento;
Mistura de palavras doces e força indomável,
Em eterna luta com a morte, que não precisou de muito,
Para te vencer apenas com 27 anos!
Morreste cedo demais e enfim, só nesse eterno silêncio,
Fascínio da tua existência breve, encontrarás a paz que
O mundo nunca soube dar-te.
* In: Gianfranco Ravasi, Breve História da Alma.
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